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Uruguai tenta superar barreira que não ultrapassa desde o Maracanazo

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A dolorosa derrota para o Uruguai no jogo decisivo da Copa do Mundo de 1950 ainda é motivo de trauma para os brasileiros, que levantaram o troféu cinco vezes depois daquele dia.

Já o uruguaios, que festejaram na jornada conhecida como Maracanazo, lamentam desde então não ter repetido campanha tão longeva.

Até hoje, os gols de Schiaffino e Ghiggia na vitória por 2 a 1, no Maracanã, foram os maiores feitos do time celeste em Mundiais. Depois disso, o país nunca mais conseguiu voltar a uma final.

Nas sete décadas após aquele confronto, o Uruguai participou de 11 edições da Copa, mas nunca foi além das semifinais, fase em que chegou por três vezes: 1954, 1970 e 2010.

Entre os campeões mundiais, o país é o que vive o maior jejum desde seu último título. O segundo maior hiato é o da Inglaterra, que há 56 anos comemorou seu primeiro e único troféu, conquistado justamente na edição realizada em solo inglês.

Nas Copas mais recentes, em 2018, na Rússia, e em 2014, no Brasil, a equipe que venceu a primeira edição do torneio, realizada em 1930, no próprio Uruguai, não conseguiu ficar entre as semifinalistas.

Em terras brasileiras, a queda ocorreu contra a Colômbia, nas oitavas de final. Em solo russo, a despedida foi nas quartas, diante da França, que continuaria na competição até conquistar o título contra a Croácia.

No Qatar, o Uruguai chegará renovado em busca de seu retorno à decisão de uma Copa e, principalmente, em busca do sonho do tricampeonato.

A equipe sul-americana entra no torneio com um novo técnico, Diego Alonso, que substituiu Óscar Tabárez em dezembro, depois de uma jornada de 15 anos do ex-comandante à frente da seleção.

O experiente treinador, de 75 anos, foi demitido pela federação do país depois de uma sequência negativa nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, que deixaram a classificação para o torneio sob risco.

Com a nova comissão técnica, a equipe conseguiu se recuperar e terminou o classificatório em terceiro, só atrás de Brasil e Argentina.

Apesar da mudança no banco de reservas, o plantel que será levado para o Oriente Médio está repleto de nomes veteranos, que atuaram com Tabárez por muitos anos, como Cavani, 35, Suárez, 35, Muslera, 36, e Godín, 36.

Juntam-se a eles, contudo, nomes mais promissores do país, como o meio-campista Federico Valverde, do Real Madrid. O jogador de 24 anos é uma das maiores apostas dos torcedores na competição.

Formado na base do Peñarol, Valverde é um dos nomes relevantes do time espanhol, atual campeão da Champions.

O jogador, que já utilizou a braçadeira de capitão da equipe em algumas oportunidades, é reconhecido por seu talento de conectar rapidamente a defesa com o ataque, sendo uma arma importante para jogadas de contragolpe.

Seguindo os passos de Suárez e Cavani, o atacante Darwin Núñez, 23, do Liverpool, é outro que desponta como alguém que pode ser decisivo no ataque da celeste. 

Embora tenha passado por altos e baixos nos primeiros meses no time inglês, o uruguaio já mostrou seu valor e pode jogar na esquerda ou no meio do setor ofensivo.

O Uruguai está no Grupo H, junto com Portugal, Coreia do Sul e Gana. Gana foi o rival batido pelos uruguaios nas quartas de final de 2010, quando os sul-americanos avançaram até as semifinais, nas quais acabaram superados pela Holanda.

Para Diego Alonso, trata-se de uma chave difícil. "Estamos em um grupo bastante equilibrado, e todas as quatro seleções estão com chances reais de garantir a classificação", afirmou.

O comandante, contudo, tem confiança na capacidade de seus jogadores. "Nós temos muito respeito pelas outras seleções, mas confiamos muito na nossa qualidade. Sabemos que podemos conseguir uma boa classificação dentro desta Copa do Mundo, e é isso o que vamos buscar no Qatar", analisou.

Fonte: Folhapress

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