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Médica destaca importância da leitura nos seis primeiros anos de vida

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O hábito da leitura é capaz de criar vínculos com o bebê ainda dentro da barriga da mãe. Em entrevista ao Jornal do Piauí, desta terça-feira (06), a neurologista infantil, Marcela Avelino, destaca a importância de ler para as crianças desde muito pequenas, principalmente, até os seis anos de idade.

"Ao ler para uma criança na barriga da mãe, dados mostram que ela começa a reconhecer a voz daquele cuidador e presta atenção. É óbvio que em cada idade, o aprendizado é diferente, os marcos são atingidos em velocidades diferentes, mas o início pode ser dentro da mãe", destaca a médica. 

Marcela explica que, nos primeiros meses de vida da criança, é interessante optar por livros com figuras ilustrativas e apostar também na contação de histórias. 

"As duas situações são adequadas. Eu preciso do momento em que o adulto conte histórias, mas as histórias nos primeiros meses são as mais curtas possíveis. Então dá pra gente começar apontando figuras, dando nome às cores, às formas, aos objetos, aos animais. Pode ser aqueles livros onde só há figuras. Mas, a partir do momento em que a criança escuta a voz do cuidador, que ele reconhece o som daquilo, ele também está aprendendo. Reconhecer imagens e sons, faz parte da aquisição básica pra leitura e escrita", explica a especialista.

Ela destaca ainda que a leitura em si faz parte de um processo que deve ser atrativo e despertar curiosidade. 

"Para ler eu preciso transformar um símbolo em um som e aprender a juntar aquilo, também preciso de curiosidade, de significado. Tudo isso começa antes do processo de leitura por si só, de leitura independene. Do ponto de vista neurobiológico, o meu cérebro aprende a reconhecer letras diferentes de desenhos, por exemplo, e saber que aquilo tem um significado. No início, ele aprende o som das letras pelo o que ele escuta e isso interfere na minha capacidade de discriminar um som que vai fazer da composição de uma plavra, por exemplo", destaca a médica. 

"Pra eu compreender e aprender, eu tenho que ter, antes disso tudo, atenção, curiosidade, interesse e prazer em todo o processo. Se eu começo a aprender algo em minha vida, independente da faixa etária, sem interesse e sem motivação, o processo é sofrido e tem piores resultados", completa a neurologista. 

Sobre os seis primeiros anos de vida, Marcela explica que nessa faixa etária, o aprendizado é ainda mais acelerado. 

"A gente aprende sempre, mas nos seis primeiros anos de vida, essas  funções básicas de atenção, organização, entender conteúdos, assimilar e trazer esse hábito para o automático, ele é muito mais fácil. Essas crianças aprender muito mais rápido nos primeiros anos de vida", pontua Marcela Avelino. 

 

Da Redação
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