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Secretário chamará militares para ocupar DPs em greve

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O secretário de Segurança Pública, Robert Rios Magalhães, afirmou em entrevista ao Jornal do Piauí que a Força Nacional pode vir ao Estado para substituir os policiais civis que entrarem em greve, caso seja necessário. Rios também criticou duramente a postura de militares que ameaçam paralisar suas atividades e diz que irá puni-los.
 

 
Após a declaração dos presidentes de associação de militares de que a categoria possa também paralisar suas atividades, Rios é taxativo: “pela Lei, militar não pode grevar”. O presidente da associação dos Cabos e Soldados, soldado Jarbas, e da associação dos oficiais, capitão Evandro, também reclamam que o governo estadual não cumpriu com o plano de cargos e salários assinada pelo governador Wellington Dias. “Se o governo não cumpre com a sua promessa, por que nós não podemos grevar?”, questiona Evandro.
 
Em resposta, Robert Rios afirma que na Polícia Militar não há na tropa nenhuma motivação para greve, pelo contrário, todos os soldados querem trabalhar. “Eles já recebem o bolsa formação que equivale a 40% do vencimento. Se um militar que ganha mil reais, recebe mais 400 de benefício, por que ele vai querer 12% de aumento?”, pergunta. Segundo o secretário, os militares que paralisarem serão punidos, perderão o benefício.
 
Robert Rios disse ainda que a polícia militar irá substituir os policiais civis em greve. Para isso serão chamados 500 soldados recém-formados que estão aquartelados.
 
Força

“O governador Wellington Dias conversou com o presidente Lula que pôs a Força Nacional à disposição do Piauí (em caso de greve dos policiais civis). Mas tenho a tranquilidade de que não será necessário”, garante o secretário. De acordo com Robert Rios, os policiais militares ocuparão as vagas deixadas nas delegacias e penitenciárias.

“A segurança vai melhorar com esta greve. Porque vamos tirar gente da máquina burocrática”, diz Rios. O secretário afirma ainda que os delegados não entrarão em greve e que flagrantes poderão ser registrados nos Batalhões e os criminosos encaminhados diretamente para a penitenciária.

Normal

“A greve é normalidade democrática. A coisa mais normal do mundo. Não tenho preocupação nenhuma com isso. Nunca vi greve de policial ter a simpatia da sociedade ou aumento da violência”, garantiu o secretário.
 
Robert Rios afirmou ainda que acha justa a reivindicação de aumento de salário até maior do que o reivindicado, mas diz que o momento para este pedido está sendo feito em momento inoportuno por conta da crise.

Cortes
O secretário de Segurança garantiu ainda que irá cortar os pontos de todos os grevistas, seguindo determinação do governador Wellington Dias. “Cortaremos a folha de ponto. Todos os pontos. Não vamos dar vale, comissão por insalubridade, adicional noturno. Vamos fazer tudo o que a lei nos autoriza. Só vai receber aqueles 30% que estiverem trabalhando. Quem tiver cargo comissionado, perde o cargo”, descreve. 
 
Carlos Lustosa Filho
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