Fotos: Arquivo/Cidadeverde.com
A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) estuda mudanças no contrato com os empresários de transporte coletivo.
A pasta realiza uma série de cálculos para apresentar um novo custo operacional dotransporte coletivo aos donos de consórcios.
Entre as novidades, que pode ser proposto pela Strans, é a imposição de metas para serem cumpridas em rotas do transporte coletivo durante o mês.
A ideia é fazer o custo operacional do sistema por quilometragem rodada e não mais levando em conta a quantidade de passageiros. Com isso, a planilha de custos que inclui a tarifa técnica (despesas como combustível, mão de obra, pneu, lubrificantes, manutenção e outros) será somada a quilometragem rodada e não mais a de usuários no transporte. Com isso, os empresários só vão passar a receber a partir do que foi rodado.
O Rio de Janeiro é uma das capitais que o custo é feito com base na quilometragem como quer implantar o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos).
Com o custo por quilometragem irá acabar os horários de pico e entrepico, pois quanto mais você roda, mas ganha, dentro do que foi estipulado pela prefeitura. A recomendação do prefeito é aumentar a circulação de ônibus na cidade, principalmente nos pontos mais críticos.
Segundo apurou o Cidadeverde.com, o sistema de transporte coletivo tem um custo mensal de R$ 4 milhões, relacionada as gratuidades.
Tarifa de ônibus congelada
Mesmo com as mudanças no cálculo da tarifa técnica, a Strans confirmou que não haverá reajuste no preço da passagem em 2023.
“Temos feito alguns estudos e acredito que até a próxima semana já teremos alguma novidade a respeito do transporte público. Está na iminência de acontecer. Estamos fazendo alguns estudos. A novidade é boa, não é uma iniciativa de aumento. Essa hipótese está descartada”, afirmou Bruno Pessoa, superintendente da Strans.
A iniciativa passará pela repactuação dos contratos entre os consórcios operacionais e a Strans, para que a fórmula da tarifa passe a ser por Custo do Quilômetro Operacional. Neste novo cálculo seria feito com base em uma metodologia desenvolvida pelo Ministério dos Transportes ou outra similar com adequações necessárias aos parâmetros técnicos e legais do Sistema de Transporte Público do Município de Teresina.
A nova metodologia seria desenvolvida para cada um dos consórcios operacionais em substituição às fórmulas de remuneração das tarifas adotadas nos atuais contratos de concessões. O método leva em conta a idade e o perfil da frota operante, os custos dos salários praticados, as despesas administrativas, a remuneração do capital e depreciação dos veículos e das infraestruturas das garagens e equipamentos.
A mudança ainda propõe que os valores dos Custos do Quilômetro Operacional devem obedecer aos critérios técnicos e legais vigentes na busca da “justa remuneração” dos custos dos serviços prestados no sistema de transporte público coletivo da capital e estar em consonância com os preços praticados em nível nacional.
Pela nova fórmula, os custos do quilômetro operacional seriam reajustados todo o mês de janeiro de cada ano, utilizando os custos do combustível praticado no mercado de Teresina, os salários dos trabalhadores do sistema - que seriam reajustados aos mesmos índices de inflação do mesmo período.
Além disso, a proposta prevê que os custos do quilômetro operacional poderiam ser revistos a qualquer momento pela Strans ou pelos Consórcios, desde que os índices inflacionários, ou o preço do óleo diesel e/ou dos veículos supere a o índice de 10% dos custos do quilômetro operacional que vem sendo praticado.
O que diz o Setut
Através da sua assessoria, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) afirmou que o aumento no valor da tarifa não está na pauta de discussão do grupo. A entidade, porém, não comentou sobre o estudo realizado pela Strans para alterar o cálculo tarifário.
Breno Moreno
[email protected]