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Profissionais de Enfermagem fazem manifestação e denunciam falta de insumos no HUT

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Fotos: Renato Andrade/Cidadeverde.com
 
Profissionais de Enfermagem do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) realizaram uma manifestação nessa quarta-feira (8) denunciando a falta de insumos no local que está prejudicando o atendimento aos pacientes. Eles alegam que um leito de UTI teve que ser fechado por falta de materiais.
 
Segundo o Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí (Senatepi), o HUT tem mais de 900 profissionais entre enfermeiros, Auxiliares e Técnicos, e que eles estão trabalhando em condições precárias. Devido a essa situação os profissionais realizaram uma manifestação na manhã dessa quarta-feira pedindo providências por parte da Fundação Municipal de Saúde (FMS).
 
A técnica de enfermagem Thauana Lira, afirmou que a unidade de saúde não tem Equipamento de Proteção Individual (EPI) suficiente para os profissionais.
 
“A situação é bem crítica. Hoje estivemos no plantão às 7h e fomos comunicados que só tinha uma caixa de luva, de vinil tamanho G, e não temos aventais descartáveis, que é um EPI que a gente precisa para realizar os procedimentos. Hoje pela manhã, às 8h45, tivemos uma parada cardiorrespiratória, onde mesmo sem o EPI, que é indispensável para a nossa proteção, nós fomos e realizamos as manobras para ressuscitar esse paciente. Estamos querendo mostrar que mesmo sem o EPI, que a fundação não está nos fornecendo, estamos prestando assistência aos pacientes, mas estamos trabalhando sem proteção”, criticou.
 
 
O presidente do Senatepi, Erick Riccely, informou que já denunciou o caso ao Ministério Público e que na terça-feira (7), um leito que deveria estar atendendo paciente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), teve que ser fechado por falta de insumos.
 
“O bloqueio de leito de UTI é quando aquele leito não tem a mínima condição de receber um paciente, ou por falta de material, ou de profissionais, e isso aconteceu, isso foi denunciado por um profissional que alega que foi justamente por falta de materiais para garantir a assistência desse paciente. Uma coisa absurda, pois é uma coisa muito restrita, muito difícil de se conseguir [uma UTI]. Isso é grave e ontem acionamos o Ministério Público”, informou.
 
Erick Riccely disse que a falta de insumos é um problema constante e que também afeta as Unidades Básicas de Saúde da capital.
 
 
“Esse problema vem de longas datas, desde o início da gestão que a gente vem reclamando sobre isso, não é um problema só do HUT, mas de toda a saúde pública de Teresina, que está atingindo as UBS por falta de insumos para realização de procedimentos, a limitação de exames que estão sendo coletados, tem umas que limitou 10 exames para toda a unidade. Temos problemas no HUT por falta de EPIs, como luvas sendo racionadas, falta de alimentação para os profissionais e pacientes, e o mais absurdo, ter que escolher quem vai atender por falta de EPI, mas também às vezes correr o risco de se contaminar”, afirmou o presidente do sindicato.
 
Ele ainda pediu urgência para a resolução do problema, e disse que todos os profissionais estão sendo orientados a registrar os motivos de determinado procedimento não ter sido realizado.
 
“Então é uma coisa que não é para agora não, é para ontem, que a prefeitura de Teresina, porque não vou falar da FMS, porque ela perdeu a autonomia, então para a prefeitura garantir que a população vai ser assistida, porque a enfermagem, que é a maior categoria desse hospital, não tem como trabalhar sem receber a devida a assistência”, destacou Erick Riccely.
 
 
Outro lado
 
Por meio de nota, o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) informou  que o fornecimento dos insumos deve ser normalizado ainda hoje (08).

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) e a Prefeitura de Teresina (PMT) estão empenhadas em resolver de forma definitiva, no decorrer dos próximos dias, o abastecimento dos insumos. Os  processos de pagamentos dos fornecedores estão em fase de conclusão. 

O HUT esclarece que mantém os atendimentos de urgência e emergência e reitera seu compromisso de salvar vidas.

 
 
Bárbara Rodrigues e Bartolomeu Almeida
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