O atraso no envio de kits pelo Ministério da Saúde para a realização de exames sorológicos em cães está dificultando o trabalho de combate ao calazar em Teresina. Para proceder o inquérito sorológico em cães, a Fundação Municipal de Saúde – FMS, da Prefeitura de Teresina, utiliza dois tipos de kit: o Elisa e o Rifi; mas, no momento, apenas o último está sendo utilizado, o que provoca demora na descoberta do diagnóstico.
Normalmente, com a utilização dos dois kits, a Gerência de Zoonozes – Gezoon consegue diagnosticar cerca de 400 cães por dia, mas como as novas remessas do kit Elisa estão suspensas e só retomarão em agosto, essa quantidade caiu para a metade, segundo informou a gerente de leishmaniose, Rosângela Cavalcante. Ela explicou que, embora não seja um determinante, o Elisa é um teste de triagem que ajuda na obtenção mais rápida do diagnóstico. Já o Rifi determina com segurança se o cão está infectado ou não. Cerca de 15% das amostras analisadas com o Rifi têm resultado positivo.
Mesmo com as irregularidades nas remessas dos kits, o trabalho desenvolvido pela Prefeitura de Teresina vem conseguindo conter o avanço do calazar em animais no município.O percentual de 5% de animais infectados em relação a uma população de cerca de 92 mil cães tem se estabilizado. A situação, no entanto, se agrava em bairros da capital, vistos de forma isolada. Em alguns deles a contaminação chega a até 40% de sua população canina enquanto em outros o índice é praticamente zero.