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“Não existe democracia racial", diz defensor federal durante palestra em Teresina

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O defensor público federal César de Oliveira Gomes ministrou palestra nesta terça-feira (21) na sede da Defensoria Pública do  Piauí sobre Racismo Institucional e Justiça.

Na oportunidade, o defensor da União fez críticas ao debate superficial do tema e alegou que o Brasil vive um “mito” sobre a existência de uma democracia racial. 

“Não existe democracia racial. Nos espaços de poder e na sociedade como um todo ainda está em vigência uma ideia de mito de uma democracia racial. O estado brasileiro precisa tomar um maior protagonismo nesse debate. Não basta políticas de ações afirmativas, que nos levam sempre a um debate, por vezes superficial, sobre uma ideia de igualdade que nunca existiu entre pessoas brancas e negras”, criticou o defensor da União.

César de Oliveira defende que o Estado brasileiro crie uma comissão especial da verdade sobre a escravização negra para discutir a abolição que, segundo o defensor, é inacabada no país. 

“O estado precisa tomar para si esse debate de uma forma mais densa, e não só com uma ideia de criminalização, mas superação do racismo como uma política pública, reconhecimento ao povo preto. A superação do racismo é uma etapa necessária e indispensável para que a gente alcance a democracia plena e efetiva no Brasil”, acrescentou o defensor da União. 

Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com 

Discriminação Racial

O ouvidor-geral da Defensoria Pública Estadual do Piauí, Djan Moreira, defendeu a importância do debate ter sido realizado hoje, no Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial. 

“A Defensoria Pública entende que deu sua contribuição na educação de direitos e, mais que isso, fez ecoar a importância de que o racismo existe e é preciso enfrentar e acessar os meios. A Defensoria Pública está à disposição dos seus assistidos”, completou o ouvidor-geral Djan Moreira. 

À reportagem, o defensor da União fez elogios ao público piauiense. Segundo ele, estar em um espaço como a DPE-PI debatendo o racismo é mostrar para a sociedade que ela está no caminho certo. 

“Falta muito, mas a gente já começa a ter pontos de contato e reflexão crítica. Senti a sociedade civil representada. Ela vem conversar, dar ideias, críticas. É essa construção que devemos fazer”, completou o defensor da União, César de Oliveira. 

A diretora das Defensorias Regionais, defensora pública Karla Araújo de Andrade Leite, que é especialista em Direitos Humanos e mestranda em Sociedade e Cultura, participou da palestra como debatedora, ao lado da defensora Andrea Melo. 

 

Nataniel Lima
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