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Justiça afasta prefeito de Uruçuí do cargo após investigação do Gaeco

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Foto: Prefeitura de Uruçuí 

Uma decisão do Tribunal de Justiça do Piauí afastou do cargo por 180 dias o prefeito de Uruçuí, Dr. Wagner Coelho (Progressistas). O gestor é um dos alvos da operação Cerrados, deflagrada na semana passada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, que investiga denúncias de fraude a licitação e desvios de recursos em contratos firmados pelo município.

A decisão é assinada pelo desembargador Erivan Lopes, que também autorizou o cumprimento de  mandados de busca em endereços ligados ao gestor e a empresas que mantinham contratos com a prefeitura de Uruçuí. 

Dr. Wagner Coelho ainda não se manifestou sobre a decisão que determina o seu afastamento por 180 dias. Durante o período, a prefeitura de Uruçuí deve ficar sob o comando do vice, Stanley Carvalho (Progressistas). 

Foto: Divulgação/Gaeco

A Operação 

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MPPI), deflagrou no último dia 20 de março a “Operação Cerrados”. Ao todo, foram sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Uruçuí, Teresina, Timon (MA) e Balsas (MA). 

A investigação visa apurar a prática dos crimes de desvios de recursos públicos, organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva, cometidos através de contratos firmados entre empresas de fachada e a prefeitura de Uruçuí (a 450 km de Teresina). 

O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Cláudio Soeiro, informou em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (20), que um dos alvos da operação “Cerrados” movimentou cerca de R$ 5 milhões entre  2017 e 2020. 

O investigado seria o procurador da empresa que presta serviços de limpeza para o município de Uruçuí. Em um banco ele sacou no período analisado cerca de R$ 2 milhões e 360 mil e em outro banco a quantia de R$ 1 milhão e 700 mil.

“Ainda não há um valor estimado do dano sofrido pelo município. Pelas análises bancárias que fizemos, um dos alvos chegou a movimentar em dinheiro vivo algo em torno de R$ 5 milhões. Sacando dinheiro em espécie”, destacou o coordenador do Gaeco/MPPI.

Durante a operação foram apreendidos celulares, computadores, dinheiro e documentos da empresa relacionados ao município de Uruçuí. Além disso, o Gaeco apreendeu ainda R$ 832 mil em cheques e em dinheiro vivo. 

 

 

Natanael Souza
[email protected] 

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