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Núcleo do Dirceu promove intercâmbio com a África

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Os bailarinos Boyzie Cekwana e Mélanie Demers chegaram em Teresina essa semana para desenvolver a nova fase do  Programa de residências artísticas Colaboratório. O projeto, que já contou com o paulista Cristian Duarte e a urugaia Tamara Cubas, se baseia na troca de experiências e conteúdo artístico entre um orientador convidado, o coletivo Núcleo do Dirceu e artistas de outros grupos e cias de Teresina.

Boyzie Cekwana se formou pela Johannesburg Dance Foundation, na África do Sul, onde começou a estudar dança contemporânea e africana aos 16 anos. No entanto, a maior parte de sua formação veio de cursos e workshops em diferentes lugares do mundo. Passou por várias Cias até criar seu próprio grupo em 1996, The Floating Company Project, com o qual foi premiado e excursiona por outros continentes, especialmente o europeu. Mélanie Demers, co-orientadora na fase atual do Colaboratório, nasceu em Montreal, no Canadá, onde se formou pela LADMMI Dance Contemporany School. Por nove anos atuou na renomada Cia Vertigo, pela qual se apresentou no Brasil em 2003. Há três anos, criou sua própria Cia, Mayday.

O trabalho de Boyzie sempre foi classificado como político, mas por pura casualidade. “Eu estou sempre preocupado com meu lugar na sociedade, e isso transparece em meus trabalhos. Às vezes as pessoas rotulam um pouco o resultado por causa disso, mas não é intencional”, afirma. Os coreógrafos começaram a pensar na prática do Colaboratório só depois que conheceram os participantes do projeto, e começaram a ter uma idéia do que desenvolver em uma longa conversa com o Núcleo do Dirceu. “É difícil pra nós ter um ponto de partida se não conhecemos as pessoas, porque a dança tem que partir da realidade delas. Depois dessa conversa eu senti essa abertura e vejo que agora posso acessar esse ponto”, continua Boyzie.

Boyzie e Melanie ficam em Teresina por três semanas, trabalhando diariamente com Núcleo e artistas convidados. O Colaboratório é um programa de residências, colaboração e criação organizado pelo Festival Panorama de Dança, do Rio de Janeiro, em parceria com o Núcleo do Dirceu, de Teresina. Patrocinado pela União Européia, o projeto acontece em duas edições durante 2009 e 2010, com intérpretes-criadores selecionados em ambas as cidades para usufruírem da programação.

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