Cidadeverde.com

Subconcessão em Teresina gerou crise na Agespisa, diz presidente de sindicato

Imprimir

Foto: Paula Sampaio/Cidadeverde.com

A Agespisa, estatal responsável pela distribuição de água para pelo menos 170 municípios do Piauí, acumula uma dívida de mais de R$ 250 milhões, segundo informações do Sindicato dos Urbanitários do Piauí. Devido ao ponto em que chegou uma das soluções avaliadas é a extinção da agência, com uma consequente privatização. A situação foi discutida em uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) na manhã desta segunda-feira (10). 

A reunião, proposta pelo deputado Marden Menezes (Progressista), contou com a presença de diversos representantes, desde o presidente da estatal, o ex-deputado José Santana (MDB), membros do sindicato e servidores, aflitos com o medo da perda de postos de trabalho.  A dívida em questão já chegou a mais de R$ 2 bilhões. 

Segundo o presidente do Sindicato do Urbanitários do Piauí, Francisco Marques, o “calcanhar de Aquiles” da Agespisa foi a subconcessão feita na capital à empresa Águas de Teresina. De acordo com o sindicalista, a transferência do serviço para a empresa privada representou uma perda de R$ 50 milhões para a agência pública. 

Nas contas do sindicato, a Agespisa costumava arrecadar R$ 70 milhões antes de 2016. O montante caiu para R$ 30 milhões com a subconcessão. 

Francisco Marques ainda avaliou que dos 170 municípios atendidos pela Agespisa, apenas 28 seriam capazes de abarcar uma possível privatização, semelhante à de Teresina. Para a manutenção da agência, o sindicalista defendeu a unificação do serviço prestado pelo estado. 

“A Agespisa está em uma situação atípica por causa da subconcessão de Teresina, você tirou ali 60% da receita do total. Você desequilibrou os preços. Foi uma medida tomada sem pensar. A Agespisa é viável, pois terá uma estrutura única com mais 150 municípios, com o Instituto de Água e o Conselho de Água e Desenvolvimento, acreditamos que é viável e somos contra o esfacelamento. Para manter a tarifa dos municípios mais empobrecidos o estado terá que assumir. A água tem que continuar pública, para R$ 1 real investido em saneamento, você economiza R$ 4 na saúde. Essa é a importância”, defendeu.


Paula Sampaio
[email protected]
m

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais