Um debate sobre a existência de facções em Teresina elevou o tom entre vereadores na Câmara Municipal de Teresina na sessão desta terça-feira (18). O episódio começou com um discurso feito pela vereadora Teresina Medeiros (União Brasil).
Repercutindo a situação onde um ônibus foi queimado no Mocambinho, na zona Norte, a vereadora pediu que o poder público tome ações para combater o avanço de facções na cidade. Ela defendeu que a violência não é a resposta e pediu o reforço em ações de educação.
A fala da vereadora foi rebatida pelo vereador Capitão Roberval Queiroz. “Eu acredito que não existe facções em Teresina. Teresina é como se fosse aquele filme que a criança assiste o filme de violência e acaba trazendo para si próprio. Em Teresina, são inúmeros jovens que se deixam levar”, disse o parlamentar.
A fala incomodou Teresinha Medeiros que era a oradora da vez. “Quem está com a palavra sou eu e quero dizer a vossa excelência precisa andar mais em Teresina e conhecer mais a cidade, principalmente a periferia para saber o que está acontecendo”, rebateu.
A situação instalada exigiu uma intervenção do presidente da Casa, Enzo Samuel (PDT), que pediu ordem no plenário.
Ao final da discussão Roberval Queiroz se dirigiu se à cadeira de Teresinha Medeiros e os dois conversaram brevemente.
Em entrevista após a sessão, Roberval Queiroz disse que foi mal interpretado e explicou o ponto que tentou defender na tribuna: “Foi uma má interpretação. Existem facções, são traficantes que existem Teresina usando droga. Mas o que a gente tá focando é em questão de criminalidade. Ninguém disse que quem assaltou o coronel foi uma facção, foi um meliante, nesse assalto, em que não sabia que era um policial”, destacou.
Ele também disse esperar que a situação com Teresinha Medeiros não termine com nenhuma “sequela” na relação entre os dois, que são ex-colegas de partido.
Paula Sampaio
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