Em Teresina, o Dia dos Povos Indígenas, 19 de abril, será marcado por busca por visibilidade e adesão à causa indígena no Piauí. No debate proposto pelo Programa de Extensão Educação Popular e Direitos Humanos da Universidade Estadual de Piauí (Uespi) estão a inclusão de direitos à Educação, Saúde, Assistência Social, entre outros, de índios da etnia Warao que são oriundos da Venezuela e moram em abrigos na Capital.
A programação será realizada no espaço de convivência do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL) da Uespi, campus Torquato Neto, com feira de artesanado do povo Warao a partir das 9h; às 16h a roda de conversa (Debukatakitane): Extensão universitária e Educação Escolar Indígena.
"Esperamos ampliar a rede de apoio aos indígenas Warao e que a Universidade assuma seu papel na promoção dos direitos educacionais do povo indígena”, diz a professora Lucineide Barros, coordenadora do Programa de Extensão e da Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp).
Desde 2019, indígenas da etnia Warao se encontram em Teresina, na condição de refugiados e residem em quatro abrigos provisórios. Pelos tratados internacionais ratificados pelo Governo Brasileiro, as pessoas refugiadas e migrantes têm direito a assistência, financiada com recursos do Governo Federal, administrados por governos locais.
Lucineide Rodrigues, da Cáritas Teresina, destaca a importância do debate sobre o direitos dos povos originários e lembra, por exemplo, que crianças e adolescentes da etnia Warao começaram a estudar este ano após intervenções, inclusive, junto ao Ministério Público do Piauí.
"O objetivo é que possamos dar visibilidade aos povos originários, buscar proteção, assistência social, moradia. Vamos aproveitar o dia para levantar essas e outras bandeira como a questão da insegurança alimentar, educação entre outros direitos", explica Lucineide Rodrigues, da Cáritas Teresina, que acrescenta que, desde 2022, a instituição desenvolve o projeto Ciranda Latina voltado ao Acolhimento Linguístico de crianças Warao. "Para assegurar a matrícula das crianças na escola pública e promover a Educação Escolar Indígenas que tem diretrizes próprias", destaca.
Da Redação
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