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Piauiense é premiado pela Fiocruz por monitoramento de animais silvestres

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O médico veterinário Eric Waquim foi premiado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pelo seu trabalho de monitoramento de animais silvestres no estado. Além de ter ficado entre os dez participantes com maior número de dados inseridos no Sistema de Informação em Saúde Silvestre (Siss-Geo), o profissional piauiense venceu a premiação na categoria Colaboradores Voluntários.

"É um reconhecimento muito bom e gratificante, porque coloca o nosso estado também no mapa da vigilância. É uma colaboração muito grande que a gente vem fazendo com a Fiocruz, principalmente com os dados que vamos colocando no sistema. Esses dados vão ser importante para o nosso estado e podem vir verbas federais em relação a questão de zoonoses, doenças de animais que podem ter agravos para os seres humanos", explicou o veterinário. 

A premiação da Fiocruz acontece desde 2017 e tem como objetivo certificar a participação da sociedade no monitoramento de animais silvestres, de profissionais de saúde e outros órgãos na vigilância de zoonoses, além de mulheres e de todos que registram animais em Unidades de Conservação no Siss-Geo, desenvolvido pela Plataforma Institucional Biodiversidade e Saúde Silvestre.

Foto: Ascom/Ufpi

Egresso da Universidade Federal do Piauí (Ufpi), Eric Waquim, também trabalhou no programa de aprimoramento de animais silvestres do Hospital Veterinário da UFPI. Para ele, esse prêmio marca o reconhecimento de um serviço que vem sendo executado há bastante tempo.

“Nós fazemos esse trabalho de mapeamento há muito tempo lá no IBAMA e na UFPI juntamente com a professora Lilian Catenacci da Medicina Veterinária, que me apresentou o sistema ainda na minha época de graduação. A UFPl também ajudou nesse processo ao disponibilizar uma sala para equipe da Fiocruz vim ensinar a comunidade acadêmica e aos servidores a utilizar o aplicativo. Ganhar esse prêmio representa a validação de um trabalho árduo”, disse o veterinário. 

Aplicativo do SISS-Geo

O SISS-Geo é a plataforma computacional essencial e inerente ao funcionamento do Centro de Informação em Saúde Silvestre – CISS. O aplicativo tem como objetivo gerar a partir dos registros georreferenciadas informados pelos usuários, modelos de alerta de ocorrências de agravos na fauna silvestre, especialmente os com potencial de acometimento humano, e modelos de previsão de oportunidades ecológicas para emergência de doenças.

“Os dados vão para o sistema e a partir daí a própria inteligência artificial que a Fiocruz usa vai verificar se esses dados têm alguma relevância para eles analisarem e com isso vão montando modelos de vigilância. Por exemplo, se em uma área “x” vários animais estão morrendo você vai lá no aplicativo, tira foto do animal, marca a coordena no GPS e descreve a espécie do animal [...] essa inteligência artificial vai aprendendo com o passar do tempo e com isso eles vão conseguindo ter vários modelos de como tratar esses agravos. É muito utilizado para o acompanhamento da febre amarela no Brasil”, explica Eric Waquim. 

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Além de proporcionar de maneira rápida e eficiente, o fluxo de informações entre o CISS; a Rede Participativa em Saúde Silvestre e a Rede de Laboratórios em Saúde Silvestre; a sociedade, por meio da ciência cidadã, e os setores de governo e tomadores de decisão. O SISS-Geo disponibiliza informações sobre os resultados das modelagens para a comunidade, tomadores de decisão e a sociedade.


Breno Moreno (Com informações da Ufpi)
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