Familiares de pacientes com a doença de Parkinson, atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Teresina, relatam que estão há pelo menos 60 dias sem receber uma medicação essencial para o controle da doença.

O medicamento, que custa cerca de R$ 128, é entregue gratuitamente pelo Centro Integrado de Saúde Lineu Araújo e deveria ser fornecido regularmente, conforme Lei.

A mãe da Sílvia Helena tem 75 anos e foi acometida pela doença há 20 anos.  A filha informa que se desloca ao Lineu Araújo para receber o medicamento, mas é informado a ela que o remédio está em falta no momento e não lhe passam informações sobre o motivo.

“Há 20 anos atrás a minha mãe foi acometida com essa doença, o mal de Parkinson, uma doença degenerativa e ela começou muito cedo, com uma dormência no braço, uma braço com uma fraqueza e um cansaço. A gente chega no Lineu e eles também não tem respostas, os funcionários que nós atendem lá na farmácia falam que não tem previsão, ou seja, eu tenho que ficar ligando, tenho que passar por lá para saber se a medicação chegou” explica.

Foto: Ascom/FMS 

Já a mãe de Maria Carvalho, de 88 anos, também sofre com a doença que é degenerativa e progressiva. A falta da medicação causa alguns sintomas preocupantes para os familiares dos pacientes acometidos pelo mal de Parkinson. 

“Gera uma preocupação porque é uma doença progressiva. Essa medicação ela controla, mas ela não cura, então há a preocupação de não deixar faltar. Inclusive a gente tem essa preocupação, a gente vai atrás, e quando não tem, a gente dá um jeito de comprar porque a gente sabe o problema que vai ser se não tomar”, desabafa

Em nota, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou que realmente a medicação está em falta pois o fornecedor atrasou a entrega do medicamento. A pasta acrescentou que a Gerência de Farmácia de Atenção Básica está aguardando o recebimento para fazer a distribuição do remédio, mas não deu um prazo para que o problema seja resolvido.

 

Rebeca Lima e Ídria Portela (TV Cidade Verde) 
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