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Governador diz que OS no país é exitosa e vai implantar em três hospitais e na maternidade

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Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com 

Em seu discurso no lançamento do plano de regionalização da saúde, o governador Rafael Fonteles (PT) confirmou que vai implantar o modelo de OS (Organização Social) em hospitais do estado. Segundo ele, as organizações sem fins lucrativas são exitosas no país e se em um ano não dê certo,  ele recuará na decisão. 

“Vamos fazer uma experiência. Vamos vê a evolução e daqui um ano vamos fazer a avaliação dos serviços e eu não sou dono da verdade, se o serviço não melhorar como esperamos, a gente é capaz de recuar, mas nós faremos a experiência que todo o Brasil está fazendo”, disse o governador.

A mudança vai ocorrer inicialmente em quatro unidades de saúde: Nova Maternidade Evangelina Rosa, Hospital do Mocambinho, Hospital de Campo Maior e Hospital Dirceu Arcoverde (Parnaíba). 

A proposta de transferir a gestão de hospitais é questionada pelo Conselho Estadual de Saúde. Recentemente, a classe médica também se manifestou contra, inclusive com movimento de paralisação. 

“Eu respeito a opinião de todos que pensam diferente e estão se manifestando contrariamente. Mas, eu tenho dados para apresentar: Dos 40 melhores hospitais do estado brasileiro, 39 são geridos por OS e o próprio TCU afirmou  que a administração indireta tem sido mais eficiente que a direta. A população que geralmente precisou de tratamento oncológico procurou o Hospital São Marcos, quem precisou de tratamento para pessoa com deficiência procurou o Ceir, que é gerido por uma organização sem fins lucrativa que tem padrão de atendimento espetacular”, disse o governador.

Padronização de salários

O governador também afirmou nesta sexta-feira (26) que a padronização de salários na saúde é uma questão “inegociável” para a gestão. Na avaliação do chefe do executivo, é injusto que servidores exerçam a mesma função e recebam remunerações diferentes. 

“Não aceitaremos, em hipótese alguma, uma pessoa que faz a mesma função da outra ter um tratamento diferenciado em termos de remuneração. Uma coisa são funções distintas. Nós podemos sempre negociar valores distintos, mas sempre com o mesmo valor para todo mundo que exerce a mesma função”, disse o governador

O governador ainda relembrou que a política de padronização de salários fez com que alguns servidores passassem a ganhar mais, o que foi avaliado positivamente. Porém, também fez com que outros servidores passassem a ganhar menos.

Na semana passada, a Secretaria de Saúde anunciou que vai padronizar os valores dos plantões de acordo com a especialidade médica. Segundo o secretário de Saúde, Antônio Luiz, o objetivo da medida é a valorização dos médicos de forma igualitária.

A mudança ocorre devido à centralização do pagamento dos profissionais de saúde, que passa a ser feito pela Sesapi e não mais pelos hospitais

Regionalização


As declarações do governador foram dadas durante o lançamento do plano de regionalização a saúde no Piauí, na manhã desta sexta-feira, no Palácio de Karnak. O Plano de Expansão da Rede de Média e Alta Complexidade do Estado engloba as macrorregiões de saúde e inclui a implantação de novos serviços, assim como a instalação de novas unidades, em esquema de hierarquização em rede.

No total, as ações vão contar com investimentos de R$ 602,5 milhões. 

O plano incluirá a implantação de centros de consultas e exames especializados para regiões do estado. Os exames serão de tomografia computadorizada, ressonância magnética, endoscopia, mamografia, exames cardiológicos e laboratoriais.


Paula Sampaio 
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