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Piauí teve maior taxa de morte e internação entre motociclistas do País em 2021

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Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com 

Um estudo do cenário brasileiro das lesões de motociclistas no trânsito, realizado entre os anos de 2011 a 2021 e divulgado pelo Ministério da Saúde nesta semana, revelou que o Piauí registrou a maior taxa de morte e internação do País em 2021.  

Veja boletim completo

De acordo com o boletim, a taxa de óbitos foi de 17,6 por 100 mil habitantes e a de internação foi 17,4 internados por 10 mil habitantes. Em relação ao Brasil, a média é 5,7 na mortalidade e 6,1 na internação. 

Em contrapartida, Rio de Janeiro e o Distrito Federal exibem as menores taxas de mortalidade, já o Rio Grande do Sul e Amazonas, as menores taxas de internação.

Ainda segundo o estudo, uma questão relevante que influencia no número de acidentes com motociclistas é o tamanho da frota de motocicletas no País.

Em 2011, o Registro Nacional de Veículos Automotores registrou 18,4 milhões de veículos de duas ou três rodas (motocicletas, motonetas, ciclomotores e triciclos) o que equivalia a 26,1% da frota total de veículos. Em dezembro de 2021 esse total foi de 30,3 milhões, aumento de 64,7% aproximadamente, representando 27,1% da frota do Brasil.

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), informou que havia uma tendência de redução de vendas a partir de 2011, mas ela foi revertida em 2020 com o início da pandemia de Covid-19 e a demanda por serviços de entregas.

Já sobre o perfil geral das vítimas, o boletim destaca que os homens representaram 88,1% das vítimas fatais de acidentes do tipo em 2021. Isso significa um risco relativo 7,4 vezes maior que para o sexo masculino que o risco para o sexo feminino. 

Ações

O Ministério da Saúde desenvolveu o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis no Brasil, 2021-2030 (Plano de Dant). O documento aborda agravos relacionados aos motociclistas. A publicação estabelece a meta, alinhada a organismos internacionais, de reduzir em 50% a taxa de mortalidade deste público até 2030.

Para que essa meta seja alcançada, foram definidas ações estratégicas a serem desenvolvidas pela pasta em conjunto com estados, Distrito Federal e municípios. “Para a execução de muitas dessas atividades, será fundamental a articulação intersetorial e interfederativa”, informou Del Carmen, diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde. 

Outra iniciativa do Ministério da Saúde é o Projeto Vida no Trânsito, implantado desde 2010. A ação busca subsidiar gestores no fortalecimento de políticas de prevenção de lesões e mortes no trânsito, por meio da qualificação de informações, planejamento, intervenções, monitoramento e avaliação das intervenções.

A pasta também financia o projeto piloto Tecnologia de Rápido Acesso de Dados Unificado para Mitigação da Acidentalidade (Trauma), que tem por objetivo estruturar a integração e o compartilhamento de informações entre serviços de atendimento, utilizando uma base de dados unificada e com atualização instantânea. Essa tecnologia permitirá um monitoramento ágil de indicadores, que auxiliará na definição de prioridades e a orientar as ações de prevenção e assistência.

 

Rebeca Lima (Com informações do Ministério da Saúde) 
[email protected]

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