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Secretaria investiga rede de aliciamento de jovens para serem mulas do tráfico de drogas

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O Draco (Departamento de Repressão ao Crime Organizado) e o setor de Inteligência da Polícia Civil do Piauí estão investigando o aliciamento de pessoas para serem “mulas” do tráfico internacional de drogas. A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública do estado, Chico Lucas, durante entrevista no Notícia da Manhã.

No último domingo (28), duas irmãs piauienses, de 23 e 25 anos, foram presas no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, ao tentarem embarcar para Paris, na França, com cápsulas de cocaína no estômago

“Existe um monitoramento e aqui no Piauí, a gente tem percebido que algumas moças, a gente está fazendo esse levantamento, mulheres jovens, estão sendo cotadas. Não é o primeiro caso, nós já tivemos outro caso, tivemos um digital influencer do sexo masculino que também foi preso na Europa, então a gente está vendo como é que essa rede está se organizando, ludibriando essas pessoas, geralmente mulheres jovens, humildes, que são cooptadas e são levadas e a gente está tentando saber quem é que está fazendo essa cooptação. A nossa Inteligência já está fazendo esse trabalho e tem cooperado com as agências nacionais, Polícia Federal e outros organismos nacionais”, informou o secretário.

Ainda durante entrevista, Chico Lucas destacou que o Piauí registrou uma redução de 35% no número de mortes violentas em maio, em comparação com o mesmo período no ano passado.

Segundo o gestor, após cinco anos, o Piauí contabilizou menos de 50 homicídios e em Teresina, menos de 20 mortes no mês. A última vez que o Piauí havia chegado nesse patamar foi no ano de 2018.   

“O número principal, que mede tudo, são as mortes violentas intencionais porque todos os crimes de um modo geral podem desencadear na morte e é o dado mais confiável. A gente tem um histórico desde 2015 e felizmente em maio, a gente conseguiu uma redução muito boa, conseguimos reduzir o número de mortes violentas no Piauí em relação à maio do ano passado em 35% e depois de cinco anos, é a primeira vez que no Piauí nós tivemos menos de 50 homicídios e em Teresina menos de 20 no mês e isso não acontecia desde a pandemia, a última vez que se repetiu esse número foi em 2018, então a gente voltou em maio ao patamar de 2018”, disse Chico Lucas.

Foto: Rebeca Lima/Cidadeverde.com 

O secretário ressaltou que a meta é continuar com a redução de mortes violentas durante os próximos meses.

“Nossa ideia é continuar, não pode ser uma coisa pontual, sazonal, tem que ser uma coisa constante. Então o nosso desafio é fazer com que junho também, nós já tivemos uma redução também em abril, janeiro foi um mês muito difícil, fevereiro estabilizou, março começou uma queda leve, abril uma queda mais acentuada, de 20% e maio a gente conseguiu reduzir em 35%”, destacou.

Já outro dado que vem sendo constatado pela Secretaria de Segurança Pública é o aumento de registro de boletins de ocorrência, principalmente sobre roubos de celulares. O gestor associa isso às ultimas operação realizada pela polícia para reprimir a venda de aparelhos eletrônicos roubados e a receptação.

“O registro de roubo de celular aumentou e a gente percebeu que havia um sub-registro. Não é que aumentou o número de crimes, mas como nós estamos fazendo várias operações e a gente está recuperando os celulares, as pessoas estão começando a alimentar. Até porque a gente está fazendo o levantamento de todos os IMEIs e agora nós vamos começar a levantar quem comprou [celular roubado] para desestimular [o crime]”, pontuou o gestor.

O secretário de Segurança Pública também destacou que as operações vão continuar sendo intensificadas em todo o Piauí e o objetivo é aumentar a meta de mandados judiciais cumpridos pelas delegacias do estado, principalmente relacionados à crimes violentos.

“A gente tem trabalhado muito na Secretaria de Segurança Pública com as forças, Polícia Civil, Polícia Militar e Bombeiros, para a gente aperfeiçoar os processos diários, a questão do registro de boletim de ocorrência, apuração dos crimes, o tempo resposta das ocorrências policiais, no caso da Polícia Militar e uma das questões que a gente sempre discute com a Justiça, com o Ministério Público é o cumprimento dos mandados, então a gente vai fazer isso reiteradamente, como se a gente desse um meta para cada delegacia, então cada delegacia teve um número de cumprimentos que deviam ser feito hoje, então a gente está em algo em torno de 60 e a nossa ideia é chegar em um número próximo  de 80 a 100 de cumprimentos de mandados, então a gente vai escolhendo os mandados principalmente daqueles crimes mais violentos”, ressaltou.

 

Rebeca Lima
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