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Febre maculosa pode ser causada pelo sangue do carrapato

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Os casos recentes de febre maculosa que mataram seres humanos tem assustado. Comuns em capaviras, o carrapato estrela pode ter como hospedeiros acidentais animais domésticos, como os cães, além do próprio homem. O médico veterinário, Ykro Duarte, alerta que a doença pode ser transmitida pela picada, bem como durante a remoção devido ao contato do sangue com a pele.

"Já há relatos de trabalhadores de abrigo que se contaminaram de febre maculosa no momento de retirar o carrapato do cão. Não foi picado, mas espremeu o carrapato, o sangue saiu e acabou contaminando. Não é só a picada, há outras formas de transmissão. A capivara não é a vilã, não vamos fazer nada contra as capivaras, elas são importantes dentro do ecossistema. Os cães são hospedeiros acidentais assim como os seres humanos", explica o veterinário. 

A forma ideal de tirar o carrapato é o puxar na vertical com uma pinça, para que ele não se rompa e espalhe as bactérias na área picada do animal ou ser humano.

Ykro Duarte explica que uma das formas de proteger animais domésticos é por meio de antiparasitários, que atingem as pulgas e carrapatos. 

"Há preventivos contra carrapatos, comprimidos com duração de até 12 semanas. O carrapato vai subir no cão, chupar o sangue e morrer em 4 a 6 horas, tempo em que, geralmente, não consegue transmitir doença", explica o especilista. 

Nos cães, por exemplo, a bactéria do gênero Rickettsia- que causa a febre maculosa- pode se apresentar como apatia, prostração, letargia, falta de apetite, vômito, diarreia, pode surgir algum sintoma vascular, mancha ou ferimentos com necrose, sintomas inespecíficos e que se confundem com outras hemoparatisoses.

Além de medicar cães com um antiparasitário, Ykro Duarte dá algumas orientações que devem ser seguidas durante e após passeios com pets em propriedades rurais, como fazendas e sítios, além de parques com lagos.

"Sem querer,  a pessoa acaba se deparando com o carrapato no momento de fazer uma trilha, em fazendas, sítios. O ideial é usar roupas claras, se autoexaminar e examinar o pet durante e após esses passeios", orienta o veterinário. 


Graciane Araújo
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