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Vasco perde do Goiás e vê crise aumentar em jogo com tumulto da torcida em São Januário

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Se o clima do Vasco já era de pressão, tudo piorou na noite desta quinta-feira, quando foi derrotado pelo Goiás, por 1 a 0, em São Januário, no Rio.

Foto - Daniel Ramalho - Vasco

O estádio, conhecido por ser um "caldeirão" a favor do time vascaíno, mais uma vez se virou contra ao clube, principalmente após Morelli marcar e definir para os visitantes no segundo tempo. 

Assim como aconteceu no clássico de quarta-feira, entre Santos e Corinthians, houve confusão, mas após o apito final. Sinalizadores foram jogados no gramado e alguns torcedores tentaram quebrar os vidros da arquibancada, o que pode gerar punição aos cariocas.

A segurança dentro e fora do estádio já estava reforçada, pois o jogo era considerado de alto risco e evitou o pior. A Polícia Militar precisou agir e algumas bombas de gás lacrimogêneo foram disparadas.

Os jogadores do Vasco conseguiram sair normalmente do gramado, mas precisaram pular as placas de publicidade para evitar passar perto das arquibancadas. 

Já o elenco do Goiás aguardou no gramado mais tempo e, quando saiu, foi aplaudido pela torcida vascaína.

Esta foi a 10ª partida sem vencer do Vasco e a sexta derrota consecutiva. Estacionado nos seis pontos, amarga a vice-lanterna (19º), à frente apenas do Coritiba, com quatro.

As duas partidas em casa, contra Goiás e a próxima, diante do Cuiabá, eram consideradas como 'finais', até mesmo para a manutenção do técnico Maurício Barbieri, agora ainda mais balançado no cargo.

O Goiás, que também vinha pressionado após quatro jogos sem vencer no Brasileirão, ainda continua na zona de rebaixamento, em 17º lugar, mas agora com 11 pontos, um a menos do que o Cuiabá, primeiro fora do Z-4, em 16º.

A partida marcaria a estreia do técnico português Armando Evangelista no Goiás. Ele, porém, ainda não teve o visto para trabalho liberado e foi substituído por Leandro Campos, o Leandrão, da comissão permanente do clube goiano.

Com direito a muitos fogos de artifício, o Vasco entrou no "caldeirão" ciente da importância do duelo para amenizar a pressão e fez um bom primeiro tempo.

Nos minutos iniciais, investiu em alguns lançamentos na área, apesar de seu jogador de referência, Pedro Raul, estar no banco - ele deu lugar ao jovem Rayan, de 16 anos. 

Uma falta cobrada por Lucas Piton e um desvio de cabeça de Alex Teixeira após chute forte de Rayan foram as principais chances até então.

O Goiás se portou de maneira recuada, na tentativa de encaixar um contra-ataque, mas sem sucesso. Aos 23 minutos, o Vasco balançou a rede, mas o gol foi anulado. Após cobrança de falta de Pumita, Léo cabeceou na trave. No rebote, Andrey Santos completou, mas estava impedido.

O Vasco seguiu tendo controle do primeiro tempo e criou mais chances. Após cruzamento, Piton tocou para o meio, acionando Marlon Gomes. Da meia-lua, ele chutou de primeira, muito forte, e a bola explodiu na trave.

Depois foi a vez de Rayan fazer linda jogada, com direito a 'drible da vaca' no marcador, mas na hora do chute, a bola explodiu no zagueiro.

A primeira metade foi movimentada até os últimos minutos e deu tempo para o Goiás ter um gol anulado. Também em lance de falta, Lucas Halter completou na pequena área, porém a bola foi desviada antes e deixou o jogador impedido, detectado pelo VAR.

O número de chances no segundo tempo diminuiu bastante. Embora continuasse empurrando o time, a torcida vascaína demonstrava claros sinais de impaciência em erros de passes e cruzamentos.

Quando Maurício Barbieri colocou Pedro Raul no lugar de Marlon Gomes, foi xingado de burro, aparentemente pela opção de tirar o meia, que estava se movimentando bem.

O Goiás sentiu um ambiente favorável para arriscar mais e assustou quando Matheus Peixoto desviou cruzamento na pequena área. Mandou por cima. O Vasco respondeu com Alex Teixeira, que recebeu na meia-lua, dominou rápido e finalizou para boa defesa de Tadeu, apesar do desvio.

Se o clima em São Januário já era de impaciência, piorou de vez aos 27 minutos, quando Morelli recebeu na entrada da área pela direita e, com certa liberdade, chutou no cantinho. A bola parecia tranquila, mas Léo Jardim não conseguiu fazer a defesa.

Barbieri fez as últimas mudanças e o Vasco foi para o tudo ou nada. Nas arquibancadas, os torcedores que não foram embora pararam de apoiar.

Os gritos eram apenas de xingamentos ao técnico vascaíno, pedindo sua saída, além de dizeres que o apoio ao time acabou. "Ei, Barbieri, pede para sair" e "o apoio acabou" estavam entre os gritos. Apesar do esforço, a derrota vascaína foi confirmada.

O primeiro a voltar a campo pela 12ª rodada é o Goiás, que enfrenta o Red Bull Bragantino no domingo, às 18h30, no Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. Na segunda-feira, às 20h, o Vasco joga novamente em São Januário, diante do Cuiabá.

Fonte: Estadão Conteúdo

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