O mercado energético mundial está cada vez mais de olho no hidrogênio verde. No cenário internacional, o Piauí está sendo apresentado como o estado que já é referência na produção de energia eólica e solar e com forte potencial natural para se tornar competitivo na produção de hidrogênio verde.

Pesquisas indicam que a substância é considerada o combustível do futuro, pois diferente de matrizes fosseis como o petróleo, ele é oriundo de uma fonte energética renovável, inesgotável e não poluente. O pesquisador em energias e engenheiro mecânico da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Antônio Bruno, explica a definição dessa matriz energética.

“A produção de hidrogênio já existe há muito tempo, porém, essa nomenclatura verde é por que? Porque ele na sua produção, que são as rotas de processamento chamado, você está produzindo ele a partir de uma fonte renovável, fontes estas nas quais nosso estado tem em abundancia que é a fonte eólica, pela abundância de ventos em algumas regiões devido aos nossos parques eólicos e fonte solar, através de painéis fotovoltaicos”, informou.

O engenheiro Antônio Bruno esclarece ainda como o hidrogênio verde é obtido.

“Então essas matrizes energéticas, chamadas matrizes limpas ou de energias renováveis, elas produzem eletricidade para que no fluxo elétrico, no processo de obtenção desse hidrogênio, que chama-se a tecnologia no eletrolizador, porque eu tenho a quebra da água e eu tenho nesse eletrolizador água, que através de um fluxo de corrente elétrica, eu separo o hidrogênio do oxigênio. O oxigênio vai para a atmosfera e o hidrogênio gerado, o gás hidrogênio que é um gás leve, ele passa para a segunda etapa que é o processo de armazenamento e depois transporte”, destaca.

Há cerca de 10 dias, o governador Rafael Fonteles visitou as instalações de uma empresa na Suécia que é considerada a primeira siderúrgica de aço verde do mundo, também produzido com o uso do hidrogênio verde. Já em Londres, o gestor afirmou que o Piauí tem grande potencial para ser destaque mundial na produção do combustível limpo.

Nesta semana, Rafael Fonteles cumpre nova agenda internacional para buscar novamente oportunidades para o estado com o foco no hidrogênio verde.

O pesquisador Antônio Bruno ressalta que o Piauí tem adotado diretrizes assertivas e em sintonia com os países mais avançados.

“O Piauí podemos dizer que a natureza nos beneficiou com fontes de radiação solar abundante e condições geográficas favoráveis, as condições climáticas. Se eu tenho parques eólicos, se eu tenho parques solares onde eu consigo captar essa energia e produzir energia elétrica para o processo de rota de obtenção de hidrogênio, eu consigo ter essa tecnologia, transformamos essa energia em uma forma útil”, pontua.

 

Com informações Francisco José (TV Cidade Verde) 
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