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Hospital Natan Portella faz acompanhamento de 4 mil pacientes portadores de HIV/Aids

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Foto: Ascom/Sesapi

 No Piauí, o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella (IDTNP) é referência no acompanhamento e tratamento de pessoas vivendo com HIV/AIDS, e é responsável por acompanhar mais de 4 mil pessoas vivendo com HIV/AIDS. Os pacientes encontram no hospital um suporte essencial para acompanhar seu estado de saúde. Com uma equipe multidisciplinar especializada, o Natan Portella oferece serviços médicos e farmacológicos, exames laboratoriais e suporte emocional.

“Cada um dos pacientes atendidos pelo Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella realiza pelo menos duas visitas por ano para monitorar sua saúde. Durante essas consultas, eles têm acesso a medicações antirretrovirais, que são essenciais para controlar a progressão do vírus e garantir uma vida saudável. Além disso, são realizados exames para avaliar a carga viral e a função imunológica, permitindo um acompanhamento efetivo do tratamento”, explica a supervisora médica do ambulatório do IDTNP, a infectologista Elna Amaral.

Elna afirma que há um cuidado constante em manter um atendimento integral e humanizado a esses pacientes.

“Essa demanda crescente nos coloca diante de um compromisso ainda maior de fornecer um atendimento médico especializado, pautado na qualidade e na humanização. Temos observado um aumento no número de pessoas vivendo com HIV/AIDS atendidas aqui no nosso ambulatório. E, nosso objetivo é garantir que cada um deles receba o cuidado necessário para conviver com esta condição e desfrutar de uma vida com mais qualidade”, declara a médica.

Para o diretor clínico do hospital, o infectologista José Noronha, quando se fala em saúde pública no contexto mundial, cada vez mais se aborda conceitos como o da Saúde Única, que nada mais é do que uma abordagem interdisciplinar para tópicos complexos, envolvendo as interações entre diferentes esferas da saúde global. 

“De forma bem simplista podemos extrapolar esse conceito para o cuidado da pessoa vivendo com HIV (PVHIV). O Natan Portella compreende um grande centro de saúde global para esse perfil de paciente: abrangendo desde o atendimento ambulatorial com consultas médicas, de enfermagem, de psicologia e serviço social até o cuidado especializado de alta complexidade como a Unidade de Terapia Intensiva. Nesse contexto, entendemos que o cuidado integral compreende desde o conhecimento do ambiente de moradia, capacidade de desenvolver o autocuidado do paciente e o seu suporte familiar até os procedimentos médicos invasivos que se tornem necessários frente a uma hospitalização. O nosso objetivo é uma saúde integral com a adesão à medicação e, consequente, menor incidência de internação hospitalar aumento na expectativa de vida buscando sempre a autonomia do paciente em sua senescência”, explica o infectologista.

O IDTNP também realiza a entrega de fórmula para as crianças que não podem ser amamentadas pelas mães soropositivas. “O Ministério da Saúde no protocolo de tratamento e prevenção de HIV recomenda que a amamentação não aconteça, porque o vírus pode estar no leite materno, mesmo nas pessoas que têm carga viral indetectável pode ter uma pequena quantidade de vírus e esse vírus num bebê que será amamentado várias vezes por dia durante pelo menos 6 meses pode infectar a criança. Por conta disso, o Ministério da Saúde disponibiliza a fórmula infantil. Alguns Estados entregam a fórmula somente por 6 meses, mas no Hospital Natan Portella, aqui no Piauí, nós entregamos o leite durante 1 ano. ”, afirmou Elna Amaral.

O diretor-geral do IDTNP, Jurandir Martins, ressalta que o HIV/AIDS representa um desafio complexo para a saúde pública. 

“A cada ano chegam mais pacientes ao Natan Portella. E temos uma dedicação em proporcionar o melhor tratamento e acompanhamento a cada um que chega aqui, independente do diagnóstico. É por isso que nossa equipe multidisciplinar se dedica incansavelmente a fornecer os melhores serviços e tratamentos disponíveis”, afirma.

O superintendente de média e alta complexidade da Sesapi, Dirceu Campêlo, destaca a importância do acompanhamento de perto do paciente. “Realizando consultas regulares, onde além de oferecer as terapias antirretrovirais, é avaliada a sua carga viral e a resposta ao tratamento. Além disso, reconhecemos a importância do suporte emocional e psicológico, garantindo um acompanhamento integral e minucioso deste público”, afirma.

 


Da Redação
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