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Entenda como o HPV tem relação com casos de câncer de cabeça e pescoço

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Foto: Freepik

 

Quando um tumor maligno afeta áreas como a boca, língua, faringe, laringe e tireoide é denominado pelos especialistas da saúde como câncer de cabeça e pescoço. Nesta quinta-feira (27) é comemorados o Dia Mundial de Conscientização e Enfrentamento ao Câncer de Cabeça e Pescoço, sendo imprescindível reforçar a importância de medidas preventivas e de diagnóstico precoce.

Este tipo de câncer é o sexto mais comum no mundo. A previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que neste ano de 2023, surjam 39.550 novos casos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil.

O hábito de consumir bebida alcoólica e fumar cigarro aumentam as chances de uma pessoa saudável desenvolver a doença, mas a infecção pelo HPV (papilomavírus humano) também tem contribuído com o aumento desse tipo de câncer.

“O aparecimento do câncer a partir do HPV ocorre em homens e mulheres, por causa da prática do sexo oral sem proteção e por relações sexuais com vários parceiros”, explica o médico oncologista Thayles Vinicius Moraes.

De acordo com uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), 59% da população não usa preservativo como medida de prevenção ao câncer e quase 30% desconhecem a relação direta entre o uso e a redução do risco da doença.

“É fundamental se prevenir. Tome a vacina contra o HPV. Além disso, pratique sexo seguro, faça exames regularmente para garantir a detecção precoce, fique atento às mudanças que acontecem na região da cabeça e pescoço, e reduza outros fatores de risco como consumo álcool e tabaco”, recomenda o oncologista.

A vacina é oferecida gratuitamente pelo Ministério da Saúde nas unidades básicas de saúde. É indicada para meninas e menino de 9 a 14 anos de idade, para pacientes HIV positivo e pacientes transplantados na faixa etária de 9 a 45 anos.


Fique atento aos sinais

-Feridas na boca ou lábios que não cicatrizam;
-Caroços, inchaços ou nódulos no pescoço;
-Dor persistente na garganta ou dificuldade para engolir;
-Mudança persistente na voz ou rouquidão;
-Dor persistente no ouvido;
-Sangramento pelo nariz ou no ouvido sem motivo aparente;
-Dor na boca ou úlcera oral que não melhora;
-Sensação de "bola na garganta" que não desaparece;
-Dificuldade em mover a mandíbula ou a língua;
-Dor ou dificuldade ao mastigar ou engolir;
-Emagrecimento inexplicado;
-Dor de cabeça persistente, especialmente se associada a outros sintomas acima.


Esses sintomas podem estar associados a outras condições de saúde, segundo o especialista, porém se esses sinais continuarem por mais de duas semanas, é recomendável procurar atendimento médico para uma avaliação adequada.

 


Da Redação
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