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Mais de 4 mil eleitores escolhem novo prefeito em São Lourenço do Piauí neste domingo (06)

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Foto: Arquivo/Cidadeverde.com 

Os eleitores de São Lourenço do Piauí (a 522 km de Teresina) votam neste domingo (06) para escolher o novo prefeito e vice-prefeito do município. Disputam esta eleição suplementar os candidatos, Dr. Thiago Santana (PSD) e Mundola Marques (PT). 

O pleito suplementar deve mobilizar 4.948 eleitores distribuídos em nove locais de votação, sendo cinco na área urbana e quatro na zona rural. Ao todo, são 16 seções eleitorais com quatro seções agregadas. A votação ocorre das 8h às 17h e a apuração dos votos deve ser feita logo após o término.  

O TRE realizou na última quinta-feira (06) uma auditoria em 16 urnas eletrônicas e urnas eletrônicas de contingência, que estão sendo disponibilizadas para uso nas Eleições Suplementares.

A eleição para escolha de prefeito e vice-prefeito acontece após a cassação do então prefeito Biraci Damasceno Ribeiro (PSD) e o vice Valdeci Paes de Castro (PSB) pelo Tribunal Superior Eleitoral, em abril. Atualmente o município é administrado pelo presidente da Câmara, Iran Damasceno Ribeiro (PSD), que é irmão do prefeito cassado.

Os candidatos

Para esta nova eleição, concorre a coligação “São Lourenço em Boas Mãos”, formada pelos partidos PSD e Progressistas, com o candidato a prefeito Dr. Thiago Santana, que é advogado, tem 34 anos, e representa o grupo político de seu tio, e prefeito cassado do município, Biraci Damasceno Ribeiro. O candidato disputa a eleição ao lado de Wallacy Rangel de Oliveira Paes Damasceno (Neném), que ocupa a vaga de vice-prefeito, na chapa.

Já a Federação “Brasil da Esperança – Fé Brasil”, é composta pelos partidos PT, PC do B e PV, com os candidatos a prefeito Raimundo Nonato de Sousa Marques, o Mundola, de 46 anos, e vice-prefeito Marcelo Ribeiro de Oliveira, o Marcelinho. Mundola já foi vereador por três mandatos, à época era filiado ao PROS. Em 2020, já filiado ao PT disputou a eleição na vaga de vice-prefeito, mas sua chapa não foi eleita.

A cassação

A coligação A Vitória é do Povo e a candidata Michelle de Oliveira Cruz ajuizaram, respectivamente, uma representação e uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (Aime), nas quais acusaram a chapa vencedora na eleição de 2020 de oferecer dinheiro e outras vantagens em troca do apoio do eleitorado. Para subsidiar as alegações, as recorrentes afirmaram que tanto Biraci Ribeiro quanto Valdeci de Castro assumiram as irregularidades praticadas no último pleito municipal.

Segundo a denúncia, em entrevista concedida à Rádio Serra da Capivara em 18 de novembro de 2020, o prefeito teria admitido que praticou boca de urna na data da votação.

Também foram apresentados pela coligação e pela candidata adversária dois áudios captados em local público em que o vice-prefeito reconhece que a oferta de benefícios a eleitores foi determinante para garantir a vitória nas urnas.

Quando o caso foi julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Piauí, a cassação foi negada, mas a ex-candidata ingressou com um recurso no TSE.

O TSE reformulou a decisão do TRE-PI, pois entendeu que não havia dúvidas sobre o valor de R$ 2 mil, citados em gravações ambientais e em depoimentos prestados por testemunhas, que seria o valor acertado pelos políticos em troca de apoio dos eleitores.

 

Da Redação
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