Fotos: Max Wendell/Divulgação 

O espetáculo ‘A vida é o que é’ inicia no dia 17 de agosto uma temporada de três meses no Laboratório de Artes da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), no campus do bairro Pirajá, zona Norte de Teresina. Com entrada gratuita, o musical acontecerá sempre às quintas-feiras, às 18h, até o mês de novembro.

O diretor e ator Luciano Melo explica que a produção durou seis meses e é a realização de um grande desejo. 

“É um desejo de todo artista piauiense manter um espetáculo por uma temporada. São muitas energias, sonhos e ideias empenhados na construção de um espetáculo. O musical ‘A vida é o que é’ envolveu uma caminhada de seis meses, mais de 150 horas de ensaio. Precisamos insistir com a formação de plateias para o teatro piauiense”, diz. 

Para Luciano Melo, formar e fidelizar público para o teatro é o principal objetivo dessa temporada. 

“Precisamos ampliar o número de pessoas interessadas por artes cênicas na capital piauiense. Para tanto, a equipe decidiu que toda a temporada do espetáculo será gratuita”, acrescentou Luciano Melo. Além disso, expande a função cultural do Laboratório de Artes Poeta Torquato Neto, da Uespi, ao promover ações culturais semanais para toda a população teresinense.

O musical ‘A vida é o que é’ conta a história de Francisco e seu alter ego Anjo. Ou seria um anjo da guarda? Ou um amigo imaginário? Cada espectador pode criar sua versão da história. 

Ao longo de toda a peça, Franciso dialoga com o Anjo sobre suas experiências na infância: seu nascimento sem um pai, as vivências com sua mãe, relações com os colegas de rua e escola, suas paixões por plantas, o rio, contos de fada, São Francisco, as pequenas alegrias, suas experiências na escola, além de suas descobertas existenciais. Como explicou um de seus espectadores, “a peça é existencialista, toca em questões fundamentais da vida humana”.

Em meio às memórias de Francisco, a plateia pode mergulhar também em suas recordações ou experiências presentes. A narrativa forte e, ao mesmo tempo, emocionante associada a doze canções que traduzem os sabores e dissabores de Francisco, tudo faz do espetáculo uma ode à vida.  

Os elementos cênicos harmonizam-se e contribuem com a narrativa: o vestido da mãe, a imagem de São Francisco além das estantes em madeira que reservam uma surpresa desvelada no final da peça. Em meio a esses objetos, uma mesa de madeira que se transforma a cada cena: ora numa grande poltrona, ora num caixão, ora numa roda-gigante, ora na margem do rio.

A partir do texto original de Luciano Melo, João Pedro Veloso e o próprio Luciano criaram as canções. Nesse processo foi elaborado o cenário e o figurino. Desde o terceiro mês de ensaios, esses elementos já foram incorporados aos ensaios do espetáculo.

Francisco é interpretado pelo ator Luciano Melo que retorna aos palcos depois de quinze anos. O Anjo é interpretado pelo cantor e compositor João Pedro Veloso. Iara Patrícia, professora e atriz, divide a direção do espetáculo com Luciano Melo. 

 

Da Redação 
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