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Piauiense Chico Museu acumula 1,6 milhão de inscritos e vira exemplo para o YouTube

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Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com

Viajando de avião pela primeira vez, Francisco das Chagas Oliveira, 48 anos, o Chico Museu, já sentiu no saguão do aeroporto de Teresina sua popularidade. Dono do canal no YouTube com mais de 1 milhão e 600 mil inscritos, o piauiense de Esperantina se surpreende ao ser abordado pelo público. “Nossa, você me reconheceu”, diz com jeito tímido e sorriso largo.

Único produtor de conteúdo piauiense presente no evento do YouTube em São Paulo, Francisco das Chagas Oliveira, o Chico Museu, é um exemplo de sucesso para a maior plataforma de rede social do País.

Na sede do Google, na avenida Brigadeiro Faria Lima, numa das áreas mais caras de São Paulo, o piauiense veio pessoalmente participar de encontro promovido pelo YouTube. No evento foram apresentados os dados do relatório 2022 sobre “Economia Criativa e o Impacto do YouTube no Brasil” feito em parceria com a Oxford Economics.  O levantamento foi apresentado pela diretora do YouTube no Brasil, Patrícia Muratori, e pela diretora de Comunicação, Malu Gonçalves. 

Seu canal cresceu significativamente, acumulando mais de 1,66 milhão de inscritos e 3,2 mil vídeos postados. Em 2019, iniciou um segundo canal, Bastidores Chico Museu, compartilhando bastidores de seu trabalho.

Através da Chico Museu TV Cultural, o produtor de conteúdo apresenta histórias de moradores da região, incluindo um casal que administra uma padaria, trabalhadores agrícolas e um pequeno circo. Seu vídeo mais popular, 'Veja o que este jovem faz com alumínio velho', tem mais de 12 milhões de visualizações. Seus ganhos no YouTube permitem que ele seja um criador em tempo integral e ajuda a comunidade local por meio de doações para projetos comunitários, como alimentação, construção de casas e auxílio médico, tudo compartilhado no canal Recebidos no YouTube. A Chico Museu TV Cultural se tornou um elo essencial entre os moradores locais e a comunidade online, melhorando não apenas a vida de Chico, mas também a de muitos na região.

Chico Museu criou o canal em 2010 quando chegou de Brasília após tentar a vida na capital do poder. Ele conta que no início postava de tudo no interior do Piauí, mas após viralizar um vídeo com mais de 60 mil visualizações mostrando como era a semana santa no interior, deu o estalo sobre seu foco a partir dali. Desde então, tem mostrado a vida na roça e é um sucesso na internet. 

“Creio que as pessoas se veem ali. Todo mundo tem um pé na roça. É uma referência de vídeo na roça. O público é de 40 anos, eles se veem lá nos vídeos das pescarias, nas cachoeiras, a lida do sertanejo”, disse.
A rotina de Chico Museu não é fácil, trabalhar o dia todo. Ele mesmo grava e edita. Para fazer as filmagens, ele usa apenas um aparelho celular modelo  Moto G 32. 
“Não tenho a fórmula do sucesso, mas é muita dedicação e gostar de registrar”.

Quando recebeu o convite do YouTube ele disse que não acreditava. “Foi uma surpresa muito grande e o reconhecimento da plataforma que ajudou a mudar minha vida, dos meus amigos e da minha família. Estar em São Paulo no evento do YouTube é um reconhecimento, muita emoção”. 

Conheça o perfil de Chico Museu Francisco das Chagas Oliveira, conhecido como Chico, nasceu em Esperantina, Piauí, e após 12 anos em Brasília, voltou à sua cidade natal devido à falta de oportunidades. Em 2010, criou o canal @ChicoMuseu no YouTube, focado em divulgar tradições e cultura local.

Whindersson Nunes

Chico Museu disse que Whindersson Nunes é uma inspiração para ele. “A ideia era gravar vídeos de pessoas mais idosas, eu tinha ideia do museu e sabendo da história do Whindersson Nunes ajudou muito. Whindersson é uma referência porque é o piauiense que saiu na frente com a ideia de criar vídeos para a plataforma. Um grande talento”. 

Chico conta que o primeiro pagamento do YouTube foi de R$ 1.300. “No outro mês foi R$300, mas sempre postando e acreditando”. Com o seu canal já movimentou mais de R$ 3 milhões com construção de casas, distribuição de cestas básicas, cirurgias, viagens, construção de poços, reforma de banheiro e muitas doações.

 

Flash Yala Sena
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