Em resposta a queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o prefeito de Angical do Piauí, Bruno Neto, chamou atenção ontem (30), durante manifestação na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), depois de tomar a decisão de reduzir o próprio salário e do vice-prefeito. A iniciativa é parte do esforço do gestor para enfrentar os desafios financeiros com a crise no município.

O protesto “Sem FPM não dá, as prefeituras vão parar” aconteceu simultaneamente em 16 estados e teve como objetivo cobrar do Governo Federal o compromisso de aumentar os repasses às administrações municipais que sofrem as oscilações negativas do FPM.  Cerca de 200 prefeitos piauienses aderiram à paralisação nacional.

Em Angical, para superar a determinações impostas pela redução do FPM e buscar assim manter o equilíbrio financeiro, o prefeito Bruno Neto, a partir de amanhã (1/09), irá adotar uma série de medidas para diminuir as despesas durante o período de três meses.

De acordo com o decreto nº 38, que sairá na edição de amanhã do Diário Oficial das Prefeituras Piauienses, ficam reduzidos os subsídios do gestor e vice em 25% (vinte e cinco por cento) e o horário de funcionamento de alguns órgãos municipais.

No decreto, o prefeito cita a crítica situação econômico – financeira e orçamentária atualmente vivenciada pelo município, destacando a necessidade de compatibilizar a execução das despesas a fim de assegurar o equilíbrio financeiro.

“Nosso município irá superar mais esse desafio com o empenho que sempre tivemos para levar a melhor prestação de serviços da região, como saúde, educação, infraestrutura e assistência social, e continuar sendo a cidade mais transparente do médio Parnaíba e a trigésima do Piauí”, destaca o gestor.

O município de Angical, seguindo uma linha contraria a todos as demais cidades piauienses, tem uma despesa mensal de cerca de R$ 160 mil de gastos com a saúde, e de acordo com o gestor os cortes são em função de manter ações como esta.

Da Redação