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Servidores do laboratório Raul Bacellar realizam paralisação por melhoria salarial

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Foto: Sindserm

Servidores municipais do Centro de Diagnóstico Dr. Raul Bacellar, mais conhecido como Laboratório Raul Bacellar, localizado no bairro Saci, estão realizando nesta terça-feira (5) e na quarta-feira (6) uma paralisação de advertência por melhoria salarial.

Os servidores estão reivindicando equiparação salarial, gratificação laboratorial e reajuste anual. Os servidores se reuniram em frente ao laboratório e com vários cartazes pediram melhorias para a categoria. 

O Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm) informou que irá realizar amanhã uma assembleia-geral, às 8h, em frente a Câmara Municipal, para discutir diversos assuntos de várias categorias e às 11h terá audiência pública para discutir níveis dos administrativos.

Em nota, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) afirmou que não recebeu nenhuma proposta salarial referente aos servidores do laboratório.

“A FMS entende que uma greve, especialmente no setor da saúde, que é uma área que presta serviços essenciais, não deve ser deflagrada sem ter ocorrido nenhuma tentativa de diálogo e ou negociação. A FMS reitera seu compromisso com o diálogo e em defesa da prestação dos serviços de saúde”, afirmou o órgão.

Confira a nota na íntegra:

A diretoria de Recursos Humanos da Fundação Municipal de Saúde não recebeu, em 2023, nenhuma proposta de aumento salarial enviada pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Teresina que contemple os servidores do Laboratório Raul Bacellar.

A FMS entende que uma greve, especialmente no setor da saúde, que é uma área que presta serviços essenciais, não deve ser deflagrada sem ter ocorrido nenhuma tentativa de diálogo e ou negociação

A FMS reitera seu compromisso com o diálogo e em defesa da prestação dos serviços de saúde.

Centro de Diagnóstico Dr. Raul Bacellar

No Raul Bacellar é atendida toda a rede SUS do município de Teresina, com as 91 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 10 hospitais, quatro maternidades e três Unidades de Pronto Atendimento (UPA), realizando uma média de 350 mil exames ao mês.

A equipe tem 148 colaboradores nas mais diversas áreas, como administrativa, técnica laboratorial e bioquímica. 

"Nós estamos fazendo essa paralisação de 48 horas, uma paralisação de advertência, e o motivo dessa paralisação é que nós estamos cobrando da prefeitura um direito que é nosso, que foi dado em lei desde 2015, que é a nossa equiparação salarial com a enfermagem e esse direito que nos foi pago até 2019, e de lá para cá, já não foi mais. Não foi explicado porque deixaram de nos pagar e nem foi criada uma lei onde tira esse direito nosso. Então nós não estamos pedindo, nós estamos cobrando que seja cumprida essa lei", afirmou Cleide Viana, técnica de Patologia.

Ela afirmou que há bastante tempo estão cobrando melhorias. "Desde 2019, nós deixamos de receber sem nenhuma explicação, e desde então a gente só cobrando, pedindo audiência, andando de gabinete em gabinete, andando no Palácio da Cidade, entregando, protocolando documentos e até então nem resposta, e nem salário. Também queremos uma gratificação laboratorial, assim como outras categorias que têm o mesmo espaço de trabalho, e estão sujeitas às mesmas doenças, e a questão de isonomia, nós estamos cobrando, porque nós temos, sim, direito de receber. Só que até agora, ao longo desse tempo todo, nem uma resposta, é um descaso. Exatamente por esse descaso, a gente agora deixou de só esperar que eles deem a resposta. A gente está provocando eles para que nos atendam e que deem uma resposta satisfatória. Porque um trabalho essencial, um trabalho de excelência, como é o nosso, o mínimo que a gente pede é que sejamos respeitados", afirmou.


Bárbara Rodrigues
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