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A população precisa avançar na inclusão das pessoas com deficiência, destaca secretário da Seid

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Por Rebeca Lima

Quase 11% dos piauienses com dois anos ou mais têm algum tipo de deficiência. O estado ocupa o terceiro lugar no ranking nacional com a maior taxa de pessoas com deficiência, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em entrevista ao Notícia da Manhã nesta quinta-feira (21), Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, o secretário de Estado para Inclusão da Pessoa com Deficiência (Seid), Mauro Eduardo Cardoso, destacou que a população ainda precisa se conscientizar sobre a acessibilidade atitudinal, ou seja, no conjunto de práticas, atitudes e comportamentos que promovem a plena participação de pessoas com deficiência da vida em sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas.

“O que a gente entende é que a gente precisa avançar muito ainda é na consciência e na própria acessibilidade atitudinal do ser humano. São motos estacionadas nas calçadas, se um cadeirante for se locomover ali não conseguiria transitar. Meu carro eu consigo dirigir, eu tenho meu cartão de estacionamento, mas quando eu vou estacionar, poucas vezes não está ocupado por uma pessoa que diz 'eu vou ali e volto logo', chega lá e tem motos, ou seja, eu acredito que a acessibilidade atitudinal das pessoas tem que aumentar”, disse o secretário.

Foto: Rebeca Lima/Cidadeverde.com

Mauro Eduardo Cardoso informou também que os recursos para a construção do centro especializado no Transtorno do Espectro Autista (TEA), que deve funcionar no antigo setor de Perinatalogia da Maternidade Dona Evangelina Rosa, em frente ao Ceir, já estão assegurados e que o local irá oferecer serviços para diagnosticar e reabilitar.

“Hoje nós já temos dois centros em funcionamento, o que não é suficiente, pois o número de casos aumentou muito. Com base nisso, o governador Rafael Fontes já determinou que estamos em processo licitatório para implantar um centro especializado em atendimento a pessoas com TEA no Piauí, e os recursos já estão assegurados. Esse centro foi pensado para oferecer desde o diagnóstico até a reabilitação”, acrescentou.

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O secretário reforçou ainda que as pessoas com deficiência devem denunciar o descumprimento de seus direitos e ressaltou que a Seid vem trabalhando com campanhas de conscientização da sociedade.

“Qualquer pessoa com deficiência que perceba que seu direito foi lesado, denuncie. Hoje nós temos inúmeras formas de denúncia, como a ouvidoria do estado, o Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência e o Ministério Público Estadual, que é o fiscal da lei. Ou seja, se as pessoas não querem cumprir de forma educada, terão que cumprir de forma que realmente afete o bolso delas. Nós fizemos uma campanha em parceria com a Ccom chamada 'Ocupar Espaços de Pessoas com Deficiência'. Isso não tem vaga, isso não é legal, isso não é correto. O correto é você chegar e ver que aquela vaga é destinada a uma pessoa com deficiência e não estacionar”, pontuou.

 

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