Cidadeverde.com

MP pede condenação de policiais e delegado por tortura a preso por engano

Imprimir

Foto: Arquivo / Cidadeverde.com

Por Roberto Araujo

O promotor de justiça do Ministério Público do Piauí (MP-PI), Assuero Stevenson Pereira Oliveira, requereu a condenação dos policiais militares Francisco Oliveira Silva Junior, Luardo Cesar Magalhães e Everaldo de Andrade Pereira e do Delegado de Polícia Civil, Lucas Klinger Marinho Leitão, pelo crime de tortura. Eles são acusados de terem confundido o homem, algemado, prendido e agredido um homem em Piripiri, município localizado a 161 km de Teresina.

O crime teria ocorrido em 2012. À época, o delegado Lucas Klinger, atualmente titular da delegacia de Piripiri, era soldado da Polícia Militar. Nas alegações finais do processo, o promotor aponta que os denunciados estavam em uma viatura da Polícia Militar quando abordaram e iniciaram a agredir fisicamente a vítima. 

Ele teria sido atingido com socos e chutes na cabeça e em outras regiões do corpo. O documento do MP aponta que os agressores teriam dito "Deyves, tu agora vai ver o que acontece com quem bate na polícia", e que após 20 minutos, quando a vítima afirmou que não era a pessoa chamada "Deyves", os acusados pararam com as agressões.

Os acusados negam a acusação. No entanto, o promotor aponta que um laudo de exame pericial realizado pela vítima é uma prova importante do crime. O Cidadeverde.com tentou contato com a Polícia Militar e a Polícia Civil, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem. O espaço permanece aberto para os esclarecimentos.

PENA EM CASO DE CONDENAÇÃO
De acordo com a lei Nº 9.455/97, que define sobre os crimes de tortura, a pena pode ser dois a oito anos de reclusão, podendo ter aumento de um sexto até um terço se for cometida por agente público.

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais