Foto: Marília Machado/ Ascom/PV

Por Adriana Magalhães

A declaração de apoio da vereadora Pollyana Rocha (PV) à pré-candidatura de Fábio Novo (PT) à Prefeitura de Teresina repercutiu, negativamente, dentro do Partido Verde no Piauí.

Os dirigentes do partido afirmaram, durante coletiva de imprensa, que ainda não foram comunicados, oficialmente, pela vereadora de sua decisão e aguardam que Pollyana Rocha deixe os cargos que ocupa no PV.

Atualmente, Pollyana Rocha é vice-presidente do Diretório Municipal do Partido Verde em Teresina e ocupa a Secretaria da Mulher, no Diretório Estadual do PV no biênio 2023-2025.

Segundo apurou o Cidadeverde.com, Pollyana Rocha anunciou adesão à pré-campanha de Fábio Novo, no dia 04 de outubro, após exoneração da secretária municipal de Economia Solidária, Maura Sobreira, fato que levou a parlamentar a romper, politicamente, com a base aliada do prefeito Dr. Pessoa (Republicanos).

Para a presidente do Diretório Municipal do PV, Elisângela Nunes, a decisão da vereadora pode caracterizar infidelidade partidária.

"Ainda aguardamos um comunicado oficial da vereadora Pollyana Rocha com a decisão de apoiar a pré-candidatura do deputado Fábio Novo (PT). Após essa oficialização, o partido vai se reunir e tomar as medidas cabíveis, porque essa conduta pode caracterizar infidelidade partidária", explicou a presidente do diretório municipal.

A presidente do Diretório Estadual do PV, Teresa Britto, disse que não esperava por essa atitude da vereadora e falou sobre o impacto da decisão da parlamentar.

"A vereadora jogou todo o legado do PV fora. No âmbito pessoal fiquei muito magoada. Você considera uma pessoa e, de repente, leva uma pancada. É muito desconfortável. Ela deixou o certo pelo duvidoso. Ela conhece Teresa Britto. Sabe onde eu moro, visita minha casa, toma café comigo, sai para comer sushi na minha companhia", disse a ex-deputada.

Teresa Britto disse que, ainda, não foi procurada pela parlamentar, para falar sobre o assunto.

"Tão logo eu soube dessa decisão dela entrei em contato. Ela disse que iria me procurar para conversamos, mas ainda não o fez", explicou Teresa Britto.

Teresa Britto relembrou que o Partido Verde teve um papel essencial na eleição de Pollyana Rocha para a Câmara Municipal de Teresina.

"Ela recebeu apoio irrestrito do partido na sua campanha. Eu peguei na mão dela e levei, apresentei, pedi voto. E ela se jogou para o PT, em vez de se jogar para o seu partido que mantém uma pré-candidatura própria. Ela desconsiderou tudo isso. Sempre tive essa preocupação de orientar e dar exemplo", disse Teresa Britto.

Sobre o seu encontro com o governador Rafael Fonteles, Teresa Brito diz que nas três oportunidades em que se reuniu com o governador reafirmou a sua pré-candidatura.

"Ele sempre me perguntou qual era o meu plano. E eu, sempre, afirmei que meu plano A é a Prefeitura de Teresina. A pré-candidatura está, totalmente, garantida. Sempre fui muito transparente e direta. A pré-candidatura do PV em Teresina não é uma decisão minha, mas de um grupo político, e de toda a cidade que apoia o trabalho que o PV fez até aqui. Desafio a ter um deputado que tenha trabalhando tanto quanto Teresa Britto na Assembleia Legislativa"

Questionada porque tem recusado o encontro com Fábio Novo (PT), Teresa Britto disse que não tem nada contra o deputado.

"Não tenho problema com Fábio Novo, com a pessoa e o parlamentar. Mas se eu sentar para conversar com ele vão dizer que aderi à pré-campanha dele. Sou orienta pelo PV a seguir com o projeto de pré-campanha. A campanha é só no ao que vem. A convenção, também. Não tem porque antecipar a campanha. A população não quer saber de política, quer saber se o hospital está funcionando, se a Educação continua sendo uma das mais bem avaliadas do país. Se dependesse do Partido Verde, o processo só começaria no próximo ano. Agora cada um vai seguir o seu caminho e, no próximo ano, isso será decidido", finalizou a pré-candidata.