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Bispo critica políticos e quer saber as causas da tragédia

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André Leão/CCom
Barragem deixou nove pessoas desaparecidas. Oito corpos foram achados
 
No dia em que se lembrou um mês da tragédia na barragem Algodões I, que se rompeu em 27 de maio destruindo dezenas de povoados e levou ao desaparecimento de nove pessoas, o bispo de Parnaíba, Dom Alfredo Scháffler, celebrou missa na igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Cocal, 268 quilômetros ao norte de Teresina. E seu sermão não poupou de lições e críticas os políticos e a própria sociedade.
 
Enquanto alguns defendem que o maior desastre do Estado tenha sido provocado pela fúria da natureza, ou até mesmo por Deus, o bispo surpreendeu a todos ao cobrar neste sábado (27) respostas concretas sobre as causas do acidente. "Não vivemos em um regime totalitário e nem facista. Todo mundo tem o direito de saber o que aconteceu aqui. E quem sabe o que aconteceu aqui é o povo que mora aqui, e não quem vem de fora", declarou Dom Alfredo Scháffler.
 
As críticas se estenderam aos políticos. O bispo de Parnaíba criticou a postura de algumas pessoas, sempre sem citar nomes, que teriam se aproveitado do momento para ganhar projeção política. Dom Alfredo Scháffler disse que o momento não permitia tal postura. Gestores e autoridades locais acompanharam a celebração.
 
Outra crítica direta foi para moradores de Cocal. Dom Alfredo Scháffler recebeu informações de que pessoas se irritaram com o controle na distribuição dos donativos por parte da igreja católica e queriam levá-los de qualquer jeito para suas casas. O bispo lembrou que o momento foi de dor para toda a cidade, que também precisava compreender a situação e ser mais respeitosa. Os elogios foram voltados para quem fez o bem sem olhar a quim.
 
Yala Sena (flash)
Fábio Lima (da Redação)
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