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Trabalhadores param por atraso de salário e risco de acidentes em fazenda no Cerrados

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Fotos enviados ao Cidadeverde.com

Por Yala Sena

Um grupo de trabalhadores de uma fazenda, no município de Baixa Grande do Ribeiro, no Sul do estado, parou as atividades devido atraso no pagamento de salários e denunciou risco de acidentes.  

Inconformados, 25 trabalhadores da cidade de Manoel Emídio (PI) e de municípios do Maranhão divulgaram vídeos mostrando falta de segurança na perfuração de poços na fazenda para armazenamento de grãos. 

Cidadeverde.com conversou com o engenheiro da empresa, para a qual os trabalhadores foram recrutado, que garantiu que faria o pagamento ainda nesta segunda-feira (13). Ele negou que os profissionais trabalham sem segurança e afirmou que eles recebem cursos na hora da contratação. Veja mais informações abaixo.

Alguns trabalhadores denunciam que chegaram a trabalhar mais de 10h, sem equipamentos de segurança para a escavação de poços de até 13 metros. No vídeo alguns comparam ao “trabalho escravo”. O setor de alojamentos também aparece sem estruturas (Vídeo no final desta reportagem).

O pedreiro Josivan de Freitas disse que os trabalhadores prejudicados são diaristas como carpinteiros, pedreiros e serviços gerais.

“Estamos sem receber nosso salário que sairia dia 5 e até agora nada. Prometeram pagar hoje até às 14h e nada ainda. Estamos sem poder sair da fazenda, pois não tem transporte. São 80 km para ir a Baixa Grande do Ribeiro e 300 km de Manoel Emídio. Só queremos receber nosso salário e ir embora”, disse.

Josivan informou ainda que um grupo de nove trabalhadores indignados já chegaram a ameaçar a atear fogo no alojamento e saíram da fazenda escoltados.

Empresa se manifesta

O Cidadeverde.com conversou com o engenheiro Guiliano, que garantiu que faria o pagamento ainda nesta segunda-feira(13) dos trabalhadores. Ele negou que os profissionais trabalham sem segurança e que recebem cursos na hora da contratação. 

“Todas as normativas de segurança estão sendo seguidos. Repassamos os EPIs (Equipamento de Proteção Individual), mas alguns não usam”, disse o engenheiro.

Sobre os alojamentos, o engenheiro disse que um vendaval prejudicou a moradia e que a empresa estava fazendo os consertos necessários.  

 

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