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Gilmar Mendes vota para Zambelli ser mantida ré por perseguição armada

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Gilmar Mendes, do STF, votou para que Carla Zambelli (PL) siga como ré por perseguição armada em São Paulo na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

Gilmar Mendes disse que "inexistem" vícios apontados no recurso apresentado por Zambelli. "Por mais de uma vez, foi assentada e confirmada a competência deste tribunal para processamento das investigações e da possível ação penal voltada aos fatos narrados pela denúncia", escreveu o ministro.

Gilmar julgou ser "sem razão" a alegação de que os argumentos da defesa não foram avaliados. "Sem que a defesa prévia tenha apresentado novos fatos, a competência do STF para conhecer do presente pedido condenatório já foi enfrentada", diz Gilmar Mendes.

O recurso é analisado no plenário virtual do STF. Como Gilmar Mendes é o relator, ele votou primeiro. Os demais ministros têm até às 23h59 da próxima sexta-feira (24) para votar.
Procurada pela reportagem, Zambelli disse que o recurso é "uma etapa processual de cunho formal" dos advogados dela. 

Segundo a deputada, ele "não representa qualquer juízo de valor sobre o caso". "Seguimos confiantes do desfecho favorável final desse processo", acrescentou a parlamentar.

CARLA ZAMBELLI É RÉ DESDE AGOSTO

A deputada federal tenta derrubar decisão que a tornou ré por apontar arma a um homem negro. O caso aconteceu um dia antes do segundo turno das eleições, em São Paulo. Em agosto, o Supremo acolheu denúncia da PGR por 9 votos a 2 contra a deputada. As divergências foram de Nunes Marques e André Mendonça, indicados por Bolsonaro ao STF.

No vídeo, Zambelli atravessa a rua e entra em um bar com uma pistola empunhada. A parlamentar alegou que quis se defender após ter sido agredida e empurrada pelo homem, o jornalista Luan Araújo. Imagens do momento da confusão, no entanto, mostram que isso não aconteceu. A deputada, na verdade, caiu sozinha.

Gilmar Mendes determinou que a deputada entregasse a pistola que usou para perseguir o homem. Ele atendeu um pedido da PGR (Procuradoria Geral da República).A parlamentar cumpriu a decisão no dia 27 de dezembro.

Fonte: Caíque Alencar (Folhapress)

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