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Prefeitura reúne agentes para avaliar combate ao calazar

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A Prefeitura de Teresina reuniu, no auditório da Fundação Municipal de Saúde (FMS), equipes do Programa de Controle da Leishmaniose Visceral (PCLV) para uma avaliação do trabalho realizado nos últimos meses e nova reciclagem sobre coleta de material e identificação do calazar canino. O encontro ocorreu nesta segunda-feira (29), com a participação de cerca de 50 agentes de endemias e pessoal de laboratório do Centro de Controle de Zoonoses, vinculado à FMS.

Teresina registra anualmente um índice geral de 5% positivo dos exames de calazar.  Mensalmente, é realizada uma média de 1.500 a 2 mil exames de sangue dos animais, como explica o gerente do Centro de Controle de Zoonoses, Romualdo Spíndola. Há regiões da cidade, segundo ele, em que a incidência é considerada bastante alta, como é o caso dos bairros Angelim e Irmã Dulce, na zona Sul da capital, onde justamente se concentra o maior número de casos.
 
Para reverter esse quadro, as equipes estão passando por treinamento para a identificação do animal infectado. Na reunião ocorrida na FMS, os agentes foram orientados sobre a quantidade mínima de sangue que deve ser coletada nos animais e como proceder após a retirada do material para que o produto recolhido não perca suas propriedades a efeito de exame laboratorial.
 
Revela o gerente do Centro de Zoonoses que a FMS intensifica o trabalho de combate à doença por meio do inquérito canino, em que os agentes recolhem, de casa em casa, o sangue dos cães para a realização dos exames. O trabalho de recolhimento dos animais vadios também continua. O objetivo é diminuir os espaços da doença na cidade. “Quando identificamos uma região com alta incidência da doença, providenciamos a borrifação”, completa Romualdo Spíndola.
 
A doença - Leishmaniose ou calazar é uma doença causada por um protozoário denominado leishmania, que acomete cães, canídeos (lobos),  roedores silvestres e o homem. A transmissão ocorre através da picada de insetos específicos conhecidos como mosquito-palha, biriguis e outros.
 
A doença se apresenta no cão com sinais de emagrecimento progressivo, aumento do baço e fígado, crescimento exagerado das unhas e ferimento na pele que nunca cicatrizam. Nem sempre todos esses sintomas estão presentes e o animal pode ter a leishmaniose sem manifestar sinal algum. Doenças de pele, como a sarna negra, podem ser confundidas com o calazar. Por isso, de acordo com as autoridades de saúde, apenas com exames laboratoriais é possível diagnosticar a doença.  Como os cães, mesmo tratados, podem continuar como reservatórios da doença depois de curados, a lei recomenda a eutanásia dos animais infectados e portadores da leishmaniose.
 
Da redação
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