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Marcelo Teixeira volta a presidir o Santos após 13 anos em meio a maior crise do clube

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Marcelo Teixeira, 59, é o novo presidente do Santos. Após 13 anos, o administrador de empresas e advogado retoma o cargo máximo do clube. Ele já havia cumprido seis mandatos -de 1992 a 1993 e entre 2000 e 2009.

Teixeira superou outros quatro concorrentes. Ele foi eleito neste sábado (9), em pleito marcado por enorme tensão e confusão na Vila Belmiro.

O mandato do dirigente que terá a missão de reconstruir o clube após o inédito rebaixamento à Série B será válido pelo próximo triênio- de 2024 a 2026.

A vitória do cartola foi consolidada com ampla vantagem de votos no maior colégio eleitoral já registrado na história do clube, superando os 8.154 votantes de 2020, quando Andres Rueda acabou eleito.

Em Santos, na votação presencial, ele venceu em todas as dez urnas apuradas.

Assim como nos últimos anos, houve novo registro uma confusão. Desta vez, protagonizada por integrantes de uma das torcidas organizadas.

O grupo de torcedores arrombou um dos portões de acesso ao ginásio Athiê Jorge Coury, onde ocorria a votação, e iniciou um conflito com trocas de agressões com seguranças contratados pelo clube.

O principal alvo era Celso Jatene, ex-secretário de Esporte de São Paulo e atual presidente do Conselho Deliberativo.

O problema foi controlado com reforço da Tropa de Choque da Polícia Militar. Segundo o delegado seccional de Santos, Rubens Eduardo Barazal, os responsáveis dispersaram rapidamente. Um deles foi detido.

A apuração foi iniciada por volta das 17h20, com um pequeno atraso para compensar a paralisação de quase vinte minutos devido a confusão.

Teixeira terá como vice Fernando Gallotti Bonavides, ex-presidente do Conselho Deliberativo do clube entre 2016 e 2017.

Maior alvo dos concorrentes, o gestor volta ao clube prometendo implementar um "choque de gestão" com cinco pilares de atuação: gestão profissional e futebol vencedor, base formadora, tirar do papel a nova arena, voltar a fazer a marca do Santos forte e futebol feminino.

Segundo o dirigente, ainda não há um nome para definir um novo gestor de futebol e até mesmo um treinador. Ele diz que as decisões "serão precedidas de uma avaliação rigorosa", mas promete enxugar o elenco.

"É inegável que precisaremos reduzir o número atual de atletas que chega a cerca de cinquenta. O critério tem que ser qualidade, não quantidade", explicou.

Teixeira foi o último dos candidatos a formalizar a inscrição de sua chapa e diz que o retorno tem como base um clamor para ajudar o clube, em situação semelhante a que encontrou no início do atual século.

"Se a situação já era difícil, agora ficou dificílima, é fato. Mas vou usar a minha experiência e liderança para reerguer o Santos. Vou renegociar patrocínios e cotas de televisão", prometeu.

Durante os debates, o dirigente foi atacado pelos adversários políticos por uma declaração polêmica dada em 2009, enquanto ocupava o cargo, à Santa Cecília TV, emissora de sua universidade.

Na ocasião, disse que o Santos não teria forças para retornar caso caísse. Ele disse que a frase foi tirada de contexto.

KLAUS RICHMOND
SANTOS, SP (FOLHAPRESS)

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