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Não é Não: saiba o que fazer se for vítima de assédio no Carnaval

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Foto: Reprodução / SBTNews

Clima de festa, mas também de cuidado. Apenas em 2023, o governo federal recebeu 430 mil denúncias e registrou 1,3 milhão de violações em direitos humanos, o que acende o alerta para os dias de folia.

A época de feriado apresenta um aumento de casos violentos, principalmente contra mulheres e adolescentes, em situações que vão de beijo forçado a casos extremos, ligados a investidas sexuais. Ao lidar ou ver alguma situação, a primeira regra é: procure apoio e denuncie. Confira canais e orientações:

Disque 100

Na edição de 2024, o governo federal vai preparar um canal específico para denúncias ligadas ao Carnaval. Para acioná-o, basta fazer uma chamada para o número 100.

Outros canais também seguem disponíveis, como a central de atendimento à mulher, pelo número 180. Além do disque denúncia da Polícia Militar: 190. Os números servem para situações em qualquer lugar do país.

Apoio em blocos de Carnaval

Governos locais também planejam ações de conscientização e de suporte durante a folia. Na capital São Paulo, por exemplo, a prefeitura prepara tendas para acolher vítimas de agressões.

Ao chegar em um bloco de Carnaval, identifique os pontos de apoio - seja atendimento médico ou da própria organização do cortejo. Se ficar desconfortável, não deixe de pedir ajuda.

Atenção no transporte

Parte das investidas costuma ocorrer durante o trajeto de ida ou volta aos festejos. Saia de casa conhecendo bem o caminho e dê preferência para estar em companhia de conhecidos. Em situações de aproximação indevida no ônibus ou metrô, acione o motorista ou algum funcionário.

Em caso de carona ou aplicativo, compartilhe a corrida com algum conhecido e sente no banco de trás. Uma recomendação, divulgada pelo grupo Empoderadas, do Rio de Janeiro, é também fazer alguma ligação assim que entrar no carro, para mostrar que há alguém à espera.

Fique de olho na bebida

Não aceite bebidas oferecidas por desconhecidos, ou pessoas com pouca proximidade. Na hora do consumo opte por comprar de locais confiáveis e confira se a embalagem está lacrada.

Não é Não

Em uma negativa, vale a máxima: não insista em se aproximar. Lembrando que, no ano passado, o presidente Lula (PT) sancionou o protocolo "Não é Não", que obriga casas noturnas, boates e espetáculos a se adequarem para proteger mulheres.

Para não deixar dúvidas de conduta nos dias de folia, confira as regras da cartilha "Eu Decido", do Ministério Público de São Paulo:

  • Fantasia não é convite
  • A pessoa se fantasiou para ela, não para você
  • Bebida não é carta branca para avançar o sinal
  • Bebida não é desculpa para quem avança o sinal
  • Ofensa não é brincadeira
  • Racismo, discriminação, homofobia e lesbofobia, jamais!
  • Beijo roubado é abuso
  • Cantada grosseira é abuso
  • Tocar o corpo de alguém é abuso

Pode x não pode no Carnaval

  • Curtir a música com a turma: liberado!
  • Elogiar com respeito: liberado!
  • Sorrir: liberado!
  • Conversar: liberado!
  • Convidar pra dançar: liberado!
  • Passar a mão: crime!
  • Encoxar: crime!
  • Usar palavras ofensivas: crime!
  • Cantada de cunho sexual: crime!
  • Xingar alguém porque ouviu “não”: crime!
  • Empurrar ou ameaçar alguém; crime!

Fonte: SBTNews

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