Foto: Arquivo Cidade Verde

Por Paula Sampaio

O coordenador do Movimento Pela Paz Na Periferia, Júnior MP3 (PT), fez duras críticas à nova estratégia do PT de Teresina de montar uma “chapona”, abrindo as portas para que vereadores de mandato, que estão em outros partidos da base, se filiem na sigla.

Tendo em vista que a chapa pode abrigar até 30 pré-candidatos, a manobra significaria que alguns petistas teriam que ser cotados da chapa.  

A estratégia foi feita, após o fim das coligações partidárias, nas eleições estaduais para deputado, onde o PT arrematou uma bancada de 12 pré-candidatos.

No entanto, Júnior MP3 acredita que essa não é a melhor abordagem, argumentando que o partido estaria abrindo suas portas para pessoas que não compartilham da sua história e valores.

“O PT de Teresina quer cometer o mesmo erro, dando guarita para pessoas que não tem nada a ver com a nossa história. O PT estadual deu guarita para muita gente, essas pessoas conseguiram salvar os seus mandatos, e é verdade que temos a maior bancada na Alepi, mas, não tem qualidade. Só 30% representam o PT, o restante se representa e não tem nada a ver com a gente”, declarou.

O PT de Teresina estuda repetir a estratégia. Assim, nomes como o de vereador Venâncio Cardoso (PSDB), Gustavo de Carvalho (PSDB) e Joaquim Caldas (MDB) migrariam para a sigla.

Ele também questionou a lealdade dos novos membros do PT, sugerindo que eles poderiam mudar de lado a qualquer momento, tornando-se opositores do partido assim que lhes conviesse.

“A qualquer momento eles podem sair do PT é só abrir uma janela e eles viram oposição ao PT. É isso que o PT de Teresina quer fazer? Tirar os nossos militantes orgânicos orgânico para colocar outros na chapa. É inconcebível ter que expulsar um petista para colocar alguém que não tenha nada a ver”, disse.