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Defesa Civil do Piauí alerta para risco de leptospirose no período chuvoso

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Foto: Arquivo/Cidadeverde.com 

A Secretaria de Estado da Defesa Civil do Piauí (Sedec) alerta para o risco do contato com água contaminada pelas enxurradas. Além da destruição causada pelas fortes chuvas e alagamentos, as próprias águas das enchentes podem transmitir doenças como, por exemplo, a leptospirose.

De acordo com o diretor de Prevenção e Mitigação da Defesa Civil, Werton Costa, o acúmulo de água favorece não só o transporte de detritos e objetos, mas também o transporte de patógenos e vetores transmissores de doenças.

“A Defesa Civil, amparada no protocolo de proteção à vida, sempre recomenda que as pessoas tenham muito cuidado com as áreas de alagamento. É muito comum situações em que pessoas literalmente caminham em meio às águas. Ali, nós temos um período potencial para a transmissão de algumas doenças muito conhecidas, principalmente a leptospirose, uma doença causada pela exposição a uma bactéria presente na urina de ratos infectados”, explica o diretor.

Werton ressalta que, em situações de alagamento, a regra é buscar abrigo seguro, que é o local seco, alto e longe das águas, por uma série de fatores, não apenas pela transmissão de doenças de veiculação hídrica, mas também pelo possível contato com áreas com circuitos elétricos, fios expostos, objetos que são carregados pela água, possíveis obstáculos, situações de “boca de lobo”, bueiros e galerias.

"Manter um protocolo de segurança, de auto-segurança, de auto-proteção, é fundamental. Além disso, existem uma série de outras doenças que são potencializadas pelo período chuvoso, como a transmissão da dengue, zika, chikungunya e outras doenças de cunho alergênico e infeccioso, que devem ser evitadas. Saia das áreas de alagamento, busque um local seguro, preserve a sua saúde", alerta Werton.

Outras orientações e cuidados

- A água para o consumo humano deve ser filtrada e fervida antes de beber. Ação simples que elimina vírus, bactérias ou parasitas, segundo o Ministério da Saúde. O recipiente que vai armazenar o líquido também deve ser bem limpo. Entre as ações, a indicação é que sejam utilizadas duas gotas de hipoclorito de sódio para cada litro de água.

- Na hora de comer, os alimentos devem ser bem cozidos; os industrializados que estejam dentro do prazo de validade poderão ser limpos com a mesma quantidade de hipoclorito de sódio para um litro de água, conforme indicado para os alimentos. Em relação às frutas e verduras, deverão ficar até 30 minutos de molho em água tratada, limpar com sabão, enxaguar e desinfetar com hipoclorito de sódio e água. Deixar secar naturalmente. Vegetais folhosos que entraram em contato com a água contaminada devem ser desprezados.

- Nunca comer alimentos úmidos, mofados ou murchos, com cheiro, cor, aspectos fora do normal. - Não ingerir carne, frango, peixe, ovos, leites crus ou mal cozidos. Eliminar alimentos refrigerados que ficaram mais de duas horas fora da geladeira. Evitar alimentos que estão em depósitos com tampas estufadas, que estejam abertos ou danificados.

- Após as águas baixarem, começa o processo de limpeza. Então, é bom tomar alguns cuidados, como usar calça comprida, botas e luvas. Em caso de falta de luvas ou botas, utilize dois sacos em cada pé e em cada uma das mãos. Evitar, ao máximo, o contato com a água que pode estar contaminada. Para lavar pisos e paredes após a retirada da lama, usar água sanitária. O indicativo é um copo para cada balde de 20 litros de água.

- Evite a presença de ratos: mantenha alimentos guardados em recipientes bem fechados, resistentes e locais altos, fora do alcance dos ratos.

- Mantenha a cozinha limpa e sem restos de alimentos, retire sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes de anoitecer.

- Evite o acúmulo de entulho e objetos sem uso no quintal.

- Guarde o lixo em sacos plásticos bem fechados e em locais altos.

- Em caso de enchente, aumenta o risco de surgimento de animais peçonhentos. Os mais comuns em período de cheias são cobras/serpentes, aranhas e escorpiões. Nunca pegue nos animais, mesmo que pareçam mortos.

- Não coloque as mãos em frestas ou buracos. Use cabo de vassoura ou enxada.

- Se encontrar um animal peçonhento, acione a unidade de zoonose do município ou bombeiros.

- Bata bem colchões, lençóis, roupas e toalhas antes de utilizá-los, com muito cuidado.

- Em caso de picada, o atendimento médico deve ser procurado com urgência.

 

Da Redação 

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