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Adufpi entra com ação no TCU e quer afastar reitor

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A Associação de Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi) entrou com uma representação junto ao Tribunal de Contas da União, solicitando o afastamento do reitor da UFPI, Luiz Júnior. Os motivos alegados são irregularidades na nomeação de servidores.

Segundo a Adufpi, Luiz Júnior assinou atos que autorizavam o pagamento de funcionários referente a um período anterior ao que estes assumiram seus cargos. Como exemplo são citados casos entre os quais o da Eva Leal de Moraes, assistente de Administração que teria sido beneficiada com dois atos da reitoria em seu nome, um dos quais irregular.

Através do Ato da Reitoria nº 157/09, de 21 de janeiro de 2009, Eva foi designada, com retroatividade de 46 (quarenta e seis) dias, para exercer a função de direção CD-4 de Coordenador de Comunicação Social, no período de 06.12.2008 a 01.02.2009, “por motivo de afastamento do titular para gozo de licença-maternidade”.

“O reitor faz isso para agraciar as pessoas com dinheiro”, acusa o presidente da Adufpi, Francisco Cardoso. Segundo ele, o cargo para qual a funcionária foi designado apresenta salário de R$ 4 mil, e com o total retroativo, a funcionária chegou a receber um soldo de R$ 6 mil.

“Temos mais de dez pessoas nessa mesma situação. Além do TCU, estamos entrando com representação junto ao Ministério Público e a Controladoria Geral da União, incluindo uma relação destes atos”, aponta.

Resposta
Segundo a assessoria de comunicação da UFPI, os atos citados pela Adufpi não apresentam nada de irregular e que no caso citado, a funcionária havia começado a trabalhar na função antes de ser nomeada. A assessoria afirma ainda que o devido à burocracia, o ato só foi oficializado depois e essa lentidão não permite que a universidade aplique o ato no mesmo dia em que a pessoa for de fato nomeada.

A UFPI diz ainda que uma série de denúncias feitas pela Adufpi só aconteceu depois que o reitor Luiz Júnior, redistribuiu a carga horária dos professores a fim de eliminar os casos em que os docentes não ministravam aula regularmente.
 
Carlos Lustosa Filho
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