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Católicos estão liberados de jejum e penitência no domingo, diz arcebispo de Teresina

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Foto: Renato Andrade/ Cidadeverde.com

Por Adriana Magalhães

Costume tradicional da Igreja Católica, no período da Quaresma, a penitência deve ser acompanhado da oração. Segundo o costume da Igreja Católica, os dias oficiais de penitência são a quarta-feira de cinzas e a sexta-feira da Paixão. De acordo com o costume, os católicos estariam livres da penitencia aos domingos.

"Oficialmente os dias de penitencia e jejum que a igreja recomenda são a quarta-feira de cinzas e a sexta-feira santa. Todo cristão católico é obrigado a fazer nestes dos dias, mas é um dever que deve brotar do coração e não uma imposição", explica o arcebispo de Teresina, Dom Juarez Sousa.

Mas a igreja vê com bons olhos o esforço feito pelos fieis de se abster de alimentos e costumes que são agradáveis em prol do amor a Deus e ao próximo durante os 40 dias da Quaresma.

"Todos os dias são dias de fazer penitência daquilo que provoca em mim a falta de amor a Deus e ao próximo, seja um gesto de desamor, de ofensa, ou de intolerância", disse.

Segundo o arcebispo, já o domingo deve ser dedicado ao culto a Deus.

"O domingo é o dia de vivenciar o amor a Deus no nosso culto cristão católico, na Santa Missa ou na celebração da Palavra. O católico que não vai a missa dominical está em falta com o senhor e com sua igreja. É um dever nosso. É um mandamento da Lei de Deus", afirmou.

Ele acrescenta que o domingo deve ser dedicado, também, ao descanso e ao lazer.

"É uma necessidade humana, mas não existe para fazermos o mal. Ninguém é livre para fazer o mal. Nós somos livres para fazer o bem. Neste sentido, o domingo é livre para fazermos o bem, como todos os dias são livres para fazermos o bem e nunca para fazermos o mal", finalizou.

Foto: Debora Cardoso/ Cidadeverde.com

Arcebispo destaca penitência: "jejum da língua" 

A penitência mais conhecida e praticada pelo católicos é o jejum de algum alimento ou hábito que é importante para o fiel.

"O jejum não é apenas o jejum do alimento, de algo que eu deixe de comer agora mas depois, de mais tarde, eu me empapo, me empanturro, comendo muito mais. O jejum pode ser também o jejum da língua de ficar postando desamor e ódio nas redes sociais, por exemplo. Se abstenha de postar, de compartilhar mensagens que não sejam para criar fraternidade", reafirma Dom Juarez Sousa.

Outro exemplo, segundo o arcebispo é a penitência do perdão, perdoando aquelas pessoas com quem nos desentendemos.

"Podemos fazer também com o perdão. Aquele outro que está distante de mim, que não é muito agradável a mim também é meu irmão. A vingança não é cristã. Veja que Jesus Cristo quando é ofendido na cruz, no momento de suplicio, diz 'pai perdoai-vos porque eles não sabem o que fazem', morreu perdoando", pontuou.

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