O Maracanã lotado viveu uma noite de fortes emoções. Veja como foi o show que marcou os 50 anos de carreira do Rei Roberto Carlos na reportagem de Patrícia Poeta.
Foi uma noite de fortes emoções. Primeiro, porque não é todo sábado que você dá um “Boa noite” para um Maracanã lotado. Mas, principalmente, porque eu pude acompanhar a grande celebração dos 50 anos de carreira do Rei de um ponto de vista único: dos bastidores. Minutos depois do final do show, assim que desceu de seu calhambeque, Roberto Carlos me deu uma entrevista, emocionado.
O pessoal do Maracanã está indo embora com imagens e com momentos que vão ficar na lembrança para sempre. E você? Qual é o momento mais especial, o momento mais emocionante que mexeu com você no palco?
Hoje alguns momentos mexeram comigo. Estar com meu irmão, meu amigo Erasmo Carlos, é uma coisa que mexeu muito comigo. Ele é o irmão que eu escolhi. Ele é o cara que realmente tem me acompanhado em toda essa minha trajetória. Em todos os meus caminhos, compondo comigo nas madrugadas, a gente fazendo tudo aquilo que a gente gosta de fazer, sabe? O encontro com a Wanderléa também... Foi uma coisa, realmente, que não dá para explicar.
Você viu que nem a chuva atrapalhou esse espetáculo. As pessoas ficaram cantando e dançando...
É uma coisa mais maravilhosa ainda. As pessoas não se perturbaram com a chuva. Esse público tem me dado coisas maravilhosas.
Vamos falar daquele momento final do show, que é um símbolo dos seus shows, já uma tradição: quando você atira flores para as mulheres. É um momento especial para elas. O que significa isso para você?
Amor, amor. É o meu amor que eu coloco em cada flor que eu jogo para as pessoas, que me têm demonstrado tanto amor e me dão tanto amor. Faço questão de que as flores não tenham espinhos. Faço questão que as pessoas que preparam essas flores tirem todos os espinhos.
O que me chamou atenção é como tinha gente de gerações diferentes, de três ou quatro gerações, e é sempre assim. Por que você acha que a sua música consegue tocar no coração de tanta gente e por tanto tempo?
Eu sempre digo que eu gosto de tudo que o povo gosta. Tudo que eu faço é sempre o que eu gosto. Então, se eu gosto do que o povo gosta, como eu faço o que eu gosto eu estou fazendo o que o povo gosta.
Se a sua vida, nesses 50 anos, fosse uma música, que musica seria essa?
“Como é grande o meu amor por você”.
É a minha preferida.
Obrigado.
Nesses 50 anos, faltou alguma coisa? Tem alguma coisa que você ainda não fez e quer fazer?
Tem. Com certeza. Com certeza, eu quero continuar falando do amor, sei lá, de uma forma [se emociona] que eu ainda não tenha conseguido falar. Com certeza, eu ainda vou conseguir falar do amor da forma que eu vejo o amor: na sua grandeza maior.
Antes de encerrar essa entrevista, eu quero te dar um presente que você conhece bem: uma rosa. Você deu tantas rosas para tantas mulheres, hoje é o seu dia, pela comemoração dos seus 50 anos.
Obrigado, Patrícia. Uma rosa para você, sem espinho.
Obrigada! Essa rosa também vai ficar para a história. Parabéns por esses 50 anos e que você continue cantando e encantando tanto as pessoas com a sua arte por muito se muitos anos. Como a gente costuma dizer de uma forma moderna: Você é o cara! Parabéns.