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São Paulo perde para o Fortaleza e deixa Carpini à beira da demissão

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Havia motivos para acreditar que o São Paulo pudesse superar a má fase neste sábado na estreia do Brasileirão. Quem foi ao MorumBis, porém, assistiu a um time desorganizado, improdutivo e desesperado, graças ao criticado trabalho do técnico Thiago Carpini. 

Foto: Paulo Pinto / São Paulo FC

O Fortaleza soube se aproveitar do momento e construiu a vitória no segundo tempo, fechando o placar em 2 a 1.

A impaciência da torcida - bem justificada - sobre o treinador prejudica sistematicamente o elenco. O relógio, desde o primeiro minuto, se tornou um adversário para o São Paulo. Obviamente a responsabilidade pelo péssimo momento não é inteiramente de Carpini, mas é ele quem deverá pagar por isso. 

As circunstâncias favoreceram o Fortaleza, que conseguiu seu quarto resultado positivo seguido no MorumBis pelo Brasileirão.

Sob Carpini, o São Paulo impulsionou e tornou mais robustos os problemas que já apareciam na reta final do trabalho de Dorival Júnior. Nem mesmo alterações promovidas pelo treinador durante as partidas modificam a dinâmica. 

É um sinal de esgotamento. O time peca na coletividade e, com isso, mingua a qualidade individual dos jogadores. Uma das migalhas restantes se viu com o atacante André Silva, que fez um belíssimo gol.

POSSE DE BOLA ESTÉRIL DO SÃO PAULO TRADUZ FASE RUIM

A partida começou da forma como se esperava. O São Paulo apresentou suas falhas mais do que comuns e teve dificuldades para superar a boa marcação do Fortaleza. 

A necessidade de uma vitória convincente trouxe uma pressão extra aos jogadores do time da casa. Mesmo assim, as criações ofensivas exibiam uma equipe mais ambiciosa, a fim de encontrar soluções dentro de campo para começar bem o Brasileirão.

A qualidade técnica deixou a desejar na primeira parte. O São Paulo traduz sua crise em escolhas equivocadas ao longo do jogo. 

A posse de bola, desde os tempos de Dorival Júnior, é inócua. O que poderia ser um fator positivo - como nos times de Pep Guardiola ou na seleção espanhola - se tornou o foco de um problema crônico do São Paulo.

O Fortaleza também não colaborou com o bom desenvolvimento do jogo. Talvez com o pior elenco desde a chegada de Juan Pablo Vojvoda, o time do Pici passou longe de perturbar a defesa são-paulina. No mais, o primeiro tempo refletiu o que é o momento das duas equipes com o placar zerado.

SEGUNDO TEMPO PREMIA A EQUIPE MAIS BEM TREINADA

Na volta do intervalo, o Fortaleza reagiu ao comodismo da primeira etapa e se tornou a melhor equipe em campo. Então, as duas equipes promoveram substituições, mas o panoramo continuou igual, com os visitantes superiores. 

Aos 21 minutos, o prêmio. O Fortaleza construiu jogada de velocidade pela direita, os atletas do São Paulo assistiram à movimentação e não notaram a infiltração de Lucero. O argentino recebeu cruzamento na grande área e anotou um golaço para os visitantes.

Após sofrer o gol, o São Paulo se armou no ataque e fez o Fortaleza ficar mais acuado. O time cearense passou a fortalecer os lances de contra-ataque. Foi assim que saiu o segundo gol. Em velocidade pela esquerda, Machuca pegou a zaga desprevenida e fez mais um, aos 34 minutos.

Aos 39, o São Paulo esboçou uma reação. André Silva, que entrara no lugar de Luciano, achou espaço na bem postada defesa do Fortaleza e emendou um lindo chute para encurtar a distância no marcador. Mas já era tarde.

Próximos jogos de São Paulo e Fortaleza

O São Paulo volta a campo na quarta-feira, às 21h30, para encarar o Flamengo, no Maracanã, pela segunda rodada do Brasileirão. O Fortaleza atua um pouco mais cedo, às 20h, na Arena Castelão, diante do Cruzeiro.

Fonte: Estadão Conteúdo

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