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Morre radialista Washington Rodrigues, aos 87 anos, ex-técnico do Flamengo

Morreu o jornalista Washington Rodrigues, nesta quarta-feira (15), aos 87 anos. Apolinho, como era conhecido, estava internado e tratava um câncer. Ele fez história na Rádio Tupi e também foi técnico do Flamengo.

Crédito: Super Rádio Tupi/Reprodução

O Velho Apolo estava afastado da rádio. A última transmissão que teve a participação dele foi Bolívar 2 x 1 Flamengo, na Libertadores, em 24 de abril.

A notícia da morte foi confirmada pela Rádio Tupi, onde ele trabalhava, durante a goleada do Flamengo sobre o próprio Bolívar, no Maracanã.

Em outubro do ano passado, o jornalista revelou que fazia tratamento contra tumores no fígado. "Estou muito fragilizado devido a um câncer que eu contraí e retirei do intestino. Depois, apareceram mais três no fígado. 

Eu tô batalhando com esse bicho, mas não me ganha, não, porque tenho sangue rubro-negro", disse em entrevista à Rádio Gaúcha de Porto Alegre.

Washington Rodrigues começou a carreira na Rádio Guanabara, atual Rádio Bandeirantes Rio de Janeiro. Ele teve passagens ainda pela Rádio Nacional, Rádio Globo e Rádio Tupi, onde estava desde 1999.

O apelido "Apolinho" surgiu na Rádio Globo. À época, a empresa tinha comprado equipamentos de comunicação que os astronautas utilizaram na missão Apollo 11. Entre esses, estava o microfone utilizado por ele. "Lá vai o Washington Rodrigues com o seu Apolinho", dizia Waldir Amaral.

O radialista cobriu 11 Copas do Mundo. A primeira delas foi em 1970, quando o Brasil se sagrou tricampeão.

TÉCNICO DO FLAMENGO

Washington Rodrigues era um declarado e fanático torcedor do Flamengo. Porém, cativou todas as torcidas do Rio de Janeiro.

A passagem mais marcante com o clube de coração foi quando assumiu o comando do time. Em 1995, no ano do centenário do Rubro-Negro, ele foi convidado para substituir Edinho à beira do gramado. Aceitou e teve o técnico Arthur Bernardes como auxiliar.

Apolinho colocou uma TV no banco de reservas para acompanhar os jogos. "A vida inteira eu vi o futebol de cima. É uma coisa. Onde ficam os treinadores, não se tem a noção do conjunto. Eu, ao menos, não conseguia enxergar. Então tive essa ideia", explicou, em entrevista ao Museu da Pelada.

O radialista esteve à frente do time em 26 jogos. Foram 11 vitórias, oito empates e sete derrotas.

Ele ainda teria mais uma passagem pela Gávea. Em 1998, foi diretor-técnico do clube.

ALEXANDRE ARAÚJO
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS)

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