Preta Gil usou as redes sociais para revelar que foi diagnosticada com pielonefrite — uma infecção no rim. A cantora foi internada às pressas e teve alta nesta segunda-feira (10).
Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, a artista disse que apesar de ter sido orientada a procurar um hospital pelos médicos, decidiu não seguir a recomendação e priorizar a agenda de trabalho, o que agravou os sintomas.
"Eu tinha muito trabalho naquela semana, mas não consegui pegar o avião de tanta dor que eu estava sentindo, então fui para o hospital. No início acharam que pudesse ser uma pedra no rim que teria sido expelida", contou.
O que é a pielonefrite?
A pielonefrite é uma inflamação nos rins que normalmente ocorre quando as bactérias presentes no trato urinário sobem pelos ureteres e chegam aos rins, provocando infecção.
“Os sintomas mais comuns são a febre, a diminuição do apetite, calafrios, dor na lombar, hipotermia (principalmente em idosos) e calafrios. A pessoa também pode ter os sintomas clássicos da infecção urinária, como ardência para urinar, urina turva e com odor intenso, porém, não é sempre que isso acontece. Em casos mais graves, é possível ter confusão mental, apatia e até choque”, explica a médica urologista Dra. Karina Anzolch, diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia.
A inflamação requer atenção médica imediata, já que quando não tratada de forma adequada, pode se disseminar por meio da corrente sanguínea, provocando uma condição potencialmente fatal chamada septicemia. No entanto, Marcus Faria Lasmar, coordenador de Nefrologia da Rede Saúde Mater Dei, explica que certos fatores aumentam o risco de desenvolver a infecção.
“A pielonefrite é muito mais comum nas mulheres, porque a uretra é mais curta e fica próxima ao ânus, o que facilita a entrada de bactérias na bexiga. Além disso, pacientes com obstruções do trato urinário, como aqueles que têm pedra no rim, por exemplo, também têm mais riscos de terem a infecção. Pessoas com o sistema imunológico comprometido, como diabéticas, em tratamento contra o câncer, que usam medicamentos imunossupressores, também podem ter mais chances de serem diagnosticado com a infecção”, revela o especialista.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da pielonefrite é realizado por meio de exames clínicos, análise da urina e, em alguns casos, exames de imagens, como ultrassom, tomografia computadorizada.
“É importante, antes de tomar qualquer antibiótico, fazer o exame de cultura de urina. Esse é um dos exames essenciais para descobrir o diagnóstico”, reforça Karina Anzolch.
O tratamento envolve, principalmente, o uso de antibióticos para combater a infecção. Em casos graves, pode ser necessário hospitalização e tratamento intravenoso.
“A pielonefrite pode recorrer, por isso, é importante fazer o tratamento adequado. A infecção aguda se dá rapidamente e com o tratamento, vai embora. No entanto, a crônica pode gerar a perda da função dos rins”, alerta o Dr. Roni Fernandes, diretor da Escola Superior de Urologia da Sociedade Brasileira de Urologia.
Prevenção
Prevenir a pielonefrite envolve principalmente evitar infecções do trato urinário e tratar rapidamente qualquer infecção urinária que surja. Além disso, também é importante procurar atendimento médico no caso de qualquer manifestação de sintomas.
“A prevenção de uma infecção é tratar adequadamente a infecção enquanto ela está na bexiga, evitando que ela suba para o rim e cause a pielonefrite. Também é importante tomar pelo menos 2 litros de água por dia e evitar segurar o xixi na bexiga. Para as mulheres, eventuais infecções vaginais devem ser tratadas antes que elas subam para os rins”, reforça Roni Fernandes.
Fonte: SBT News
