Uma fazenda do Piauí está entre as 174 relacionadas no Cadastro de Empregadores que exploram mão de obra escrava, divulgada nesta quarta-feira (22) pelo Ministério do Trabalho. A atualização semestral do relatório manteve o nome da Fazenda Cosmos, no município de Ribeiro Gonçalves, 560 quilômetros ao sul de Teresina, incluída em dezembro de 2008 por conta da libertação de 21 trabalhadores em situação considerada degradante.

A relação ficou menor que a anterior, que contava com 205 nomes. Trezes empregadores foram incluídos, quatro reiterados e 34 excluídos, sendo um deles o Perímetro Irrigado do Gurguéia, em Alvorada do Gurguéia, 539 quilômetros ao sul de Teresina. Todos fora da lista poderão adquirir financiamentos. Além disso, empresas tem boicotado relações comerciais com fazendas do relatório, segundo o Ministério do Trabalho.

 

Pará, com 44 casos, e Maranhão, com 29, são os recordistas no cadastro, e também são tidos como o principal destino de trabalhadores piauienses que acabam resgatados de péssimas condições de trabalho.

 

São incluídos no cadastro empregadores que não possuem mais chance de recurso judicial em relação a infração de trabalho análogo ao escravo. Para sair do cadastro, atualizado a cada semestre, é preciso quitar as multas da infração e corrigir irregularidades identificadas durante a inspeção por dois anos.