A direção do Hospital de Urgência de Teresina declarou em entrevista coletiva que vai abrir uma sindicância para apurar as queimaduras no corpo do bebê de seis meses, Isack Salis Pereira Costa, morto nesta madrugada por falência de múltiplos órgãos. A investigação será acompanhada pelo Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Enfermagem e pelo Ministério Público.
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(da esq. para direita) - Dra. Teresa Emília, resp. Diretoria Geral do HUT; Dr. Carlos Leonardo, da UTI Pediátrica; Dr. Gilberto Albuquerque, diretor Técnico e Maria Mousinho, diretora de Enfermagem do HUT. |
Segundo a diretora geral, Teresa Emília Melo, as queimaduras não eram para terem acontecido. Porém, elas não contribuíram para o óbito da criança, que, pelo estado gravíssimo, teria evoluído a óbito. "Provavelmente, porque não podemos prever o futuro", enfatizou.
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O hospital não admite erro médico, mas diz que todo o procedimento será apurado. Segundo o diretor técnico Gilberto Albuquerque, as queimaduras são de segundo grau e supostamente teriam sido ocasionadas pelo uso de uma bolsa térmica para o reaquecimento do corpo da criança, já que a criança apresentava quadro de hiportermia.
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"Em casos de hiportermia, utilizamos recursos para aquecer o corpo pois a baixa temperatura faz parte da tríade da morte. Depois de embrulhá-lo com lençol, sacos plásticos, se persistir colocamos bolsas térmicas ao redor do corpo na tentativa de aquecer", disse.
O gerente da UTI pediátrica, médico Carlos Leonardo dos Santos, afirmou que as queimaduras foram avisadas para a mãe no dia em que aconteceram, um dia antes da morte, e que ele pessoalmente esteve com ela e informou todas as medidas que estavam sendo tomadas para reverter a gravidade do caso.
Ele disse ainda que "erro médico não cabe de forma alguma", porém as queimaduras não são comuns.
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Dra. Teresa Emília, resp. Diretoria Geral do HUT e Dr. Carlos Leonardo, da UTI Pediátrica |
Oito pediatras se revezem na equipe da UTI, coordenados pelo dr. Leonardo. "É lamentável o que aconteceu, estamos solidários com a mãe", declarou o médico.
Teresa Emília afirmou que foi pedido do prefeito Sílvio Mendes o acompanhamento dos Conselhos e do Ministério Público e tudo será avaliado durante a sindicância.
Caroline Oliveira (flash do HUT)
Leilane Nunes (redação)
