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Alta na produção de hortaliças impulsiona vendas de agricultores

Por Redação

Foto: Geirlys Silva / SAF

A transição entre o período mais chuvoso e o mais seco tem favorecido a produção de hortaliças – em especial, folhagens, como alface, cebolinha, coentro, rúcula e outros. Produtores da agricultura familiar têm tido uma maior produtivididade e, por consequência, melhorado as vendas. Produtores que fazem parte do projeto Quitanda, da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), relatam melhorias na qualidade dos produtos.

Na horta do Giovani Prado, localizado na zona Leste de Teresina, os produtores conseguem estimar um aumento de cerca de 70% na produção de hortaliças a partir de uma experiência de uso de “sombrites”, que protegem as folhagens do impacto intenso do sol e da chuva. De acordo com o agricultor João Pedro Sousa, o coletivo fez o investimento por conta do aumento da procura pelos produtos depois que passaram a integrar a Quitanda da Agricultura Familiar.

“A gente fez um investimento muito grande no sombrite e na estufa, o que melhorou bastante, cerca de 70 % na produção de alfaces, rúculas e cheiro-verde. A gente estava tendo muita procura, então a gente teve que se adaptar às nossas vendas, porque estava aumentando o número de cliente”, explicou.

Assim como a horta do Giovani Prado, outros coletivos que participam da Quitanda também têm começado a obter aumento na produção. E uma das explicações, além dos investimentos em estrutura, é o período favorável para o melhor desenvolvimento de folhagens diversas – com o fim do período chuvoso e o início da época mais seca, as condições favorecem a qualidade dos produtos, como explica o assessor técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Gilmar Martiniano.

“Nós estamos saindo do período de inverno e estamos adentrando um período mais seco agora, de julho a outubro. É um período onde os produtores conseguem ter uma produção de folhas com maior facilidade por não estar tão seco e não estar muito úmido. No período de inverno, a maior dificuldade é justamente a quantidade de milímetros de água muito concentrada naqueles canteiros, e as plantas não conseguem desenvolver o sistema radicular. A partir de novembro e dezembro, é o inverso, é o sol que é muito quente. Então acontece o mesmo problema, as hortaliças começam a amarelar e começa a ter uma perda e redução gradativa da produtividade”, explicou.

Quem festeja uma melhor qualidade dos produtos é o consumidor. A costureira Erudith Pereira diz que gosta sempre de comprar produtos da agricultura familiar por saber que são mais saudáveis. “Eu gosto muito, são produtos que a gente sabe que não tem agrotóxicos, que não vão fazer mal para a nossa saúde, e eu acho que de tudo que você procurar aqui, tem um pouco. Eu gosto daqui e vou continuar vindo comprar”, citou.

Foto: Geirlys Silva / SAF

Quitanda da Agricultura Familiar tem impulsionado produção de alimentos

A partir do projeto Quitanda, desenvolvido pela Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), agricultores e agricultoras familiares têm investido no aumento da produção por conta da facilidade em comercializar seus produtos.

O engenheiro agrônomo da SAF, Bruno Costa, que acompanha a Quitanda, pontua que o projeto auxilia em um dos maiores desafios para os produtores, que é a venda da produção. “Produzir já é complicado e o mais difícil ainda é a venda. E com essa comercialização, eles começam a progredir, a melhorar nesse setor de vendas. E a Quitanda é um projeto que auxilia muito nesse sentido”, explicou.

A Quitanda da Agricultura Familiar leva produtores para diversos espaços de comercialização. Aos domingos, acontece quinzenalmente na Feirinha Verde, na Universidade Federal do Piauí (UFPI), e também na Feirinha Oxente, na praça da Vilmary, no bairro São Cristóvão, em domingos alternados. Além das feirinhas, o projeto leva os agricultores para comercializarem produtos em condomínios, supermercados e em empresas privadas.

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