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Primeira mulher piauiense a comandar navio mercante morre no Pará

Por Roberto Araújo

Foto: Arquivo Pessoal

Morreu nesta quarta-feira (17), em Belém, no Pará, a capitã Giovana da Silva Almeida de Morais. Ela foi a primeira mulher piauiense a comandar um navio mercante e a navegar em quatro dos sete oceanos. Ela trabalhava na Transpetro, empresa do sistema Petrobras, transportando petróleo para diversos países.

Em 2018 ela foi condecorada pela Associação Brasileira de Líderes como uma das 50 personalidades do Brasil naquele ano.

Ela morreu aos 48 anos após um período internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Belém. A família não informou qual problema de saúde ocasionou a internação. 

O velório e o sepultamento irão ocorrer em Belém, onde ela vivia desde que iniciou o curso de formação.

Teresinense, a capitã Giovana ingressou na Marinha após ser aprovada em concurso público para a área e se formar na Escola de Formação de Oficiais no Pará, em 1998. Desde então, ela saiu da capital piauiense para morar no Pará, onde viveu até então.

À época da condecoração, ela falou ao portal Cidadeverde.com sobre o trabalho que desenvolvia no transporte de pessoas e mercadorias pelos oceanos. 

"Somos responsáveis pelo transporte de pessoas e produtos pelos oceanos. É uma responsabilidade muito grande, porque no meu caso, ainda tenho que ter cuidado com o Meio Ambiente, em relação ao petróleo que transporto. Já enfrentei mares bravos, icebergues, sempre atendendo os procedimentos de segurança. Também temos situações com os tripulantes que adoecem ou perdem parentes, com a carga e descarga dos produtos. Temos sempre que prezar pela segurança da vida no mar e do meio ambiente", relatou.

Giovana da Silva Almeida de Morais prestou concurso para a Escola de Formação de Oficiais, no 2º semestre de 1998. Formou-se quatro anos depois. Adentrou na Transpetro, empresa do sistema Petrobras, também por concurso, em maio de 2003. Ascendeu rapidamente pela competência e em 2006 foi a primeira da sua turma a ser promovida a Sub-Comandante. Em 2010 concluiu o Ccrso que proporcionaria assumir o cargo de Capitã. Foi também em 2010 que tornou-se a primeira Oficial da Marinha Mercante a ser Madrinha de um navio. Em outubro de 2012, já condecorada comandante, fez a maior travessia que uma Capitã Brasileira já navegou, simultaneamente, tendo transcorrido por três Oceanos, em uma única viagem. No final de 2016 a Capitã de Longo Curso bateu o próprio recorde ao navegar pelo Mar Mediterrâneo, sendo a primeira Comandante Brasileira a navegar por quatro dos sete Oceanos do Planeta.

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