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O que é teratoma ovariano, tumor que afetou nadadora brasileira Beatriz Dizotti

Por SBT News

 

A nadadora Beatriz Dizotti vai disputar a final dos 1500m livres da natação feminina, na tarde desta quarta-feira (31), na Olimpíada de Paris. É a primeira vez que uma brasileira se classifica para a fase decisiva da categoria. Paralela à sua trajetória olímpica, meses antes de conseguir o feito histórico, Beatriz enfrentou a retirada de cinco teratomas ovarianos.

"Nem todas as jornadas estão livres de pedras no caminho.", disse Beatriz, em uma publicação em suas redes sociais, em que comunicava sua segunda cirurgia.

O que são teratomas ovarianos?

A formação dos teratomas, segundo o Oncoguia, se dá a partir das células germinativas, aquelas que formam os óvulos. Geralmente a condição é benigna e acomete mulheres durante a idade reprodutiva. A condição, muitas vezes, é assintomática, mas também pode causar fortes cólicas e dores abdominais.

Há dois tipos de teratomas: o maduro, que é benigno e mais comum, e atingiu a nadadora, e o imaturo, maligno, considerado um tipo de câncer raro, que atinge crianças e adolescentes.

Os tumores benignos podem conter diferentes tipos de tecidos corporais como ossos, cabelos e dentes. Geralmente, a indicação para os teratomas é cirúrgica, com o objetivo de retirar os tumores.

Uma vez retirado, ele pode voltar?

Segundo o Oncoguia, eles podem, sim, voltar a crescer após serem removidos cirurgicamente.

No caso da nadadora, ela foi operada às pressas pela primeira vez em agosto de 2023, pois corria o risco de ter uma torção ovariana, ou seja, quando há interrupção da irrigação de sangue na região, com riscos de perder o ovário. Na ocasião, ela tirou dois tumores benignos. No entanto, no final do ano passado, o teratoma voltou a aparecer e ela teve que retirar mais três deles, além de um pequeno cisto.

 

 

Como saber se o tumor é benigno ou maligno?

Para determinar se o tumor é benigno ou maligno, é preciso de exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética e, para descartar o diagnóstico de câncer, biópsia da região corporal afetada em alguns casos.

Por que tumor benigno não é câncer?

Segundo o Hospital Albert Einstein, a principal diferença entre um tumor cancerígeno e o benigno é que o primeiro invade outros tecidos e órgãos, enquanto o segundo não. Outra distinção é em sua "anatomia": quando é câncer, o tumor apresenta bordas irregulares e cresce de forma mais rápida e agressiva, já o benigno tem bordas distintas, lisas e regulares.

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