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Inflação sobe 0,38% em julho puxada por combustível e passagens aéreas

Por SBT News

Foto: Freepik

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que calcula a inflação oficial do Brasil, registrou que houve aumento de 0,38% em junho deste ano. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com esse resultado, o IPCA fica 0,17 ponto percentual mais alto que o de junho — que registrou aumento de 0,21%. A elevação do índice foi puxada pelos preços da gasolina, que subiu 3,15%, e também pelas passagens aéreas, que subiram 19,39%.

As tarifas de energia elétrica residencial também contribuíram para a alta na inflação, com 1,93%. Para o gerente do IPCA, André Almeida, as férias escolares no mês de julho colaboram com a alta. No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%, acima dos 4,23% observados nos 12 meses anteriores.

O Banco Central (BC) publicou o acumulado da inflação dos últimos 12 meses nas redes sociais. Ao chegar aos 4,5%, o índice está no limite do chamado intervalo de tolerância. A meta de inflação para 2024 é de 3%, podendo chegar até aos 4,5% para ser considera dentro do esperado pelo Conselho Monetário Nacional.

Com a publicação, o BC abre discussão para um possível aumento da taxa básica de juros na próxima reunião do Copom, com o argumento de manter o índice dentro do limite da meta. O Banco Central está no meio de uma discussão com o governo federal sobre a Selic, mantida em 10,5% na última reunião.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem criticado reiteradamente o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, com o argumento de que uma taxa tão alta freia os investimentos e o desenvolvimento do país.

Alimentação apresenta queda

Apesar da alta em sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA, os preços do grupo Alimentação e Bebidas recuaram 1,00% e foram responsáveis pelo impacto negativo mais intenso (-0,22 ponto percentual).

Dentro desse grupo, a alimentação no domicílio caiu 1,51% em julho. “Após nove meses consecutivos de alta, o aumento da oferta de diversos produtos agrícolas contribuiu para a redução dos preços”, explica André Almeida.

As principais quedas foram do tomate (-31,24%), da cenoura (-27,43%), cebola (-8,97%), batata inglesa (-7,48%) e das frutas (-2,84%).

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